terça-feira, 11 de agosto de 2015

Tenham respeito!

Desde tempos idos, que o ser humano se foi habituando a criar situações de raízes empáticas com os outros seus semelhantes mas sempre - como tudo nesta airada vida - existem excepções.
Parece que nem todos somos iguais, apesar de parecermos. Existem para aí alguns que no alto da sua observância ingnorante, se julgam superiores aos outros, apenas porque ocupam um patamar acima na cadeia de valor laboral.
O mercado de trabalho, tem as suas vicissitudes, é certo, mas não precisa que lhes sejam acrescentadas muitas mais, sob pena de a determinada altura, ver o seu real desígnio totalmente deturpado.
Em pleno século XXI, continuam a proliferar os senhores feudais que se julgam no eterno totalitarismo a que chamam de direito, de tratar os seus subordinados como escravos deste mesmo mercado em que nos encontramos.
Aumentam o horário de trabalho porque lhes apetece; exigem o dobro aos trabalhadores quando só lhe pagam o mínimo possível e é porque este mínimo está previsto na lei porque desconfio que se tivessem a infeliz oportunidade, pagariam muito abaixo disso; não criam situações benéficas para a progressão profissional, preferindo apostar em pessoas da sua confiança ( as ditas cunhas) etc...
Ora: as pessoas não são sacos de batatas sem sentimentos porque até acredito que estes tubérculos os tenham, apesar de serem arrancados com toda a violência da terra onde crescem e desenvolvem.
Em Portugal, perdeu-se há muito algo a que no meu tempo dávamos o nome de respeito. E isto é transversal a todas as áreas da sociedade: desde a cívica até á empresarial. O mercado de trabalho, atual, está pejado de autênticos seres que pensam que mandam quando na realidade só na ilusória mente infantil deles, isso parece ser uma verdade absoluta,esquecendo se que a vida é uma dança de cadeiras: nuns dias sentado, nos outros de pé .
Quero dizer com isto, que estes "chefes" não duram muito no alto da sua tirania pseudo laboral, porque embora estando um degrau ou mais acima na escala hierárquica,  um dia a vida troca-lhes as voltas e rapidamente descem até á base, dando-se a inversão de papéis.
Por isso, através deste artigo faço um apelo : "senhores" patrões , aprendam a ter respeito por quem contribuí para  que as vossas empresas tenham os gigantescos lucros anuais e que vos fazem distribuir alegremente os dividendos pelos chamados "accionistas". Não se esqueçam que é á custa do suor de muita gente, que vocês auferem uns milhões valentes.  Portugal não precisa de chefes; precisa de líderes e é isso que tem faltado nos últimos anos em todas as áreas do mercado de trabalho.
Enquanto esses líderes não aparecem, façam-nos um favor chefes desta vida: tenham respeito por quem trabalha!

3 comentários:

  1. Caro Rui Oliveira, parabéns pelo seu texto, subscrevo-o de boa vontade, mas ainda lhe acrescentaria, isto: é lamentável que os nossos Governantes, estes e os anteriores tenham contribuído para este estado de coisas ao aprovarem leis de trabalho, que apenas visam uma maior exploração dos trabalhadores por conta de outrem.

    ResponderEliminar
  2. É da idiossincrasia do capital ficar com a parte de leão dos lucros, sendo o desrespeito por quem produz a riqueza o cancro das sociedades modernas. Não lhes interessa "mimar"os trabalhadores, esses "malandros" que só querem o fim do mês...Para o patrão capitalista, as migalhas que lhe caem da mesa são suficientes para os que lhe dão a riqueza!

    ResponderEliminar
  3. Sem dúvida Górgias, mas isso não é de estranhar. Já o mesmo, não se poderá dizer dos Governos que são eleitos pelo povo maioritariamente trabalhador, pois o que seria suposto, era esses governos, defenderem esse povo e não ajudar o capital (patrões) a intensificarem a exploração dos tais " malandros" trabalhadores.

    ResponderEliminar

Caro(a) leitor(a), o seu comentário é sempre muito bem-vindo, desde que o faça sem recorrer a insultos e/ou a ameaças. Não diga aos outros o que não gostaria que lhe dissessem. Faça comentários construtivos e merecedores de publicação. E não se esconda atrás do anonimato. Obrigado.

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.