segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Caros concidadãos


Sabemos que, hoje em dia, podemos falar, escrever, ou dizer algo com um certo à-vontade, sem que nos preocupemos que alguém nos vá denunciar, e sejamos presos por tal ‘delito’. Portanto, existe a liberdade de expressão, para que livremente e com urbanidade possamos exprimir o que nos vai na alma, ou nos moleste o corpo.
Todavia, sem qualquer espécie de monda, somos enxofrados diariamente com muitas engenhosas malandrices, que nos dão cabo da vida, roubam as nossas parcas economias e a esperança de um futuro melhor.
Assim, os ‘iluminados’ que defendem por todos os meios somente a iniciativa privada, vendo nela todo o deslumbramento social e o pleno bem-estar da comunidade, que ponham os olhos no cemitério bancário em que se transformou a Banca em Portugal, nestes últimos anos, em que foram enterrados milhões e milhões de euros, pagos por todos nós aos cangalheiros do BPP, BPN, BES, do BANIF, bem como em outras ‘moribundezas’, como chorudos dividendos pagos até ao último cêntimo; administrações com altíssimos vencimentos e astronómicas reformas distribuídos por gente que deveria ser condenada e confiscados todos os seus haveres, que, afinal de contas, foram ilicitamente parar-lhes às mãos e aos seus cofres, com a completa complacência – silenciosa e criminosa – de muitos poderes instituídos de governação e regulação, os quais deveriam ser os primeiros a pôr na ordem tais prevaricadores.
E resumindo, perguntamos: afinal, quem é que nos tem desgraçado mais, o sector público, ou o privado, ou ambos?
Então, em que ficamos?


José Amaral

1 comentário:

  1. Desgraçadamente, desde sempre e por todo o lado, o povo está sempre do lado que "apanha" !...

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