terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Jobs, Trump e Banksy

Se não fosse ele, teria sido outro. Mas foi ele, o precocemente malogrado Steve Jobs, quem deu vida à Apple, e isso ninguém o esquecerá nunca. Esquecido pela História, esse sim, há-de ser o inigualável Donald Trump que, se não fosse tão desavergonhadamente rico, seria um palhaço, sem ofender a classe circense, que me merece o maior dos respeitos. Qual a ligação entre eles? Nenhuma, felizmente. Aliás, a existir, poderia ter sido bem trágica, caso esse Trump tivesse satisfeito a sua desmedida ambição e, quem sabe, ter conseguido arrastar atrás de si um Partido Republicano que, às vezes, desvaria no chá das cinco, no alienado Party a que dá guarida. Quem se lembra da “impossibilidade” de nomeação de George W. Bush, no início das primárias americanas, já não descarta realidades improváveis. A questão é que, sob a “batuta” de Trump, nunca  o Steve “Apple” Jobs teria nascido nos USA, pela simples razão de que o seu pai biológico, sírio, não teria lá entrado, por imposição de uma “trumpice” qualquer, avessa a imigrantes muçulmanos, mesmo que não praticantes. E lá ficariam os USA e o mundo ocidental privados de um talento dificilmente igualável. Alegremo-nos, pois, por outros talentos brilhantes, como o de Banksy, que, em arte polémica, eterniza (?), na “selva” de Calais, com perecíveis sprays, um daqueles Grandes que, por obras valerosas, da lei da Morte já se libertaram.

Público – 15.12.2015

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