quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Fazer análises


Hoje, eu e a minha companheira de caminhada de 47 anos, a qual conheci com 14 belos, risonhos e promissores anos, fomos fazer análises ao sangue, a fim de mantermos em níveis aceitáveis as heranças negativas dos anos vividos, tal como o crescimento negativo da nação.
Minha mulher foi atendida por um técnico de saúde, que gentilmente lhe espetou a agulha na veia mais visível do seu braço esquerdo.
A mim, calhou-me uma técnica, já entradota, que me perguntou, que braço queria disponibilizar para o efeito vampírico de me sugar algum sangue para analisar.
Foi à liça o meu membro superior direito, o que estava a jeito de semear, digo, de espetar e sangrar.
Nisto, a já conhecida agulha rombuda, numa dor reprimida, rasgou e penetrou a minha vistosa veia, salientada pelo garrote que me apertava o braço, e eu, de punho fechado, lembrando-me de um símbolo político.
E de penso no braço, do laboratório saímos, de braço dado.

Nota – Também no próximo Domingo, dia 24, vamos fazer análises, a fim de sabermos qual dos dez concorrentes será o sorteado para ir morar em Belém, fazendo-se passar pelo presidente de todos nós.

José Amaral


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