quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

'as elites portuguesas não merecem o povo que têm'


Há dias, uma estação de televisão, juntou na mesma entrevista Durão Barroso e António Guterres.
Ambos são e foram figuras de relevo nacional, internacional, de nível global.
Um – Durão Barroso - foi presidente da EU, após ter sido PM de Portugal; o outro – António Guterres – foi Alto-Comissário das Nações Unidas para os refugiados, após ter sido PM do nosso País. E ambos desempenharam outros cargos políticos. O primeiro, pelo PSD; o segundo, pelo PS.
No meu modesto entender, se um é um envaidecido, o outro é um compadecido.
Se um – Durão Barroso – tenta renegar e até que ninguém nisso fale das suas origens políticas: foi elemento preponderante da FEM-L (Federação dos Estudantes Marxistas-Leninistas) do MRPP de Arnaldo Matos, ataca agora com toda a veemência o Governo de António Costa por este estar a ser sustentado por todas as forças de Esquerda, esquecendo-se do seu ‘envergonhado ‘passado por ter sido um ‘grande esquerdelho’.
Sobre António Guterres todos conhecem o seu exemplar passado de militante do PS e da sua elevada ética posta sempre ao serviço e do desempenho dos altos cargos para onde foi eleito e chamado,  desempenhando-os com total lealdade.
E finalizo com uma sintomática frase produzida por António Guterres durante a referida entrevista, que foi a seguinte: ‘as elites portuguesas não merecem o povo que têm’, ao que, pedindo-lhe pública desculpa, assim completaria: as elites portuguesas não merecem o povo que têm desgraçado.


José Amaral

5 comentários:

  1. Não sabia que Engº António Guterres tinha Proferido essa frase. Mas a sua, amigo Zé, completa-a muito bem.

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  2. Em Agosto de 2015 comentando uma carta, referi o passado de Jorge Sampaio mencionando que o mesmo tinha sido do partido MES. Logo de seguida o senhor Ramalho publicou uma carta onde a determinada altura escreve: “até pudicas virgens ofendidas também com o amigo Amândio, por este elogiar o papel altamente positivo e determinante de Jorge Sampaio para com o martirizado povo de Timor, ofendendo-o mais que veladamente assim como toda a esquerda e criticando o antigo PR por ter pertencido ao MES ( vejam lá que crime horrendo!), “
    Hoje, na opinião do senhor José Amaral, sobre Durão Barroso diz o seguinte: “ Se um – Durão Barroso – tenta renegar e até que ninguém nisso fale das suas origens políticas: foi elemento preponderante da FEM-L (Federação dos Estudantes Marxistas-Leninistas) do MRPP de Arnaldo Matos, ataca agora com toda a veemência o Governo de António Costa por este estar a ser sustentado por todas as forças de Esquerda, esquecendo-se do seu ‘envergonhado ‘passado por ter sido um ‘grande esquerdelho’.”
    Se pensam que estou admirado pelo facto do senhor Ramalho agora não dizer o mesmo que tinha dito em Agosto último, não estou.

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    1. Não entendo a sua questão, Sr. Jorge Morais.

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    2. Com receio de me tornar enfadonho, mas para me fazer entender, colei aqui a opinião que o senhor Francisco Ramalho tinha em Agosto passado e a que no seu comentário sobre a actual parece não ter. Peço desculpa, mas não consigo ser mais explícito.

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  3. O mais triste é que a frase que deprecia os crânios portugueses foi proferida por um "génio" desertor, que abandonou o governo e o país, para ocupar um cargo de projecção internacional e melhor remunerado, mas do seu exercício, passados 10 anos, infelizmente, para o mundo, pouco se viu. Isto, dito num encontro onde outro desertor era também conferencista e convidado especial. Um país, onde esta gente não se vê ao espelho, não pode atingir metas brilhantes, porque, para o fazer, deviam ser convidadas, para intervir, não sempre os mesmos, mas pessoas com mentes brilhantes que felizmente temos.

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