domingo, 21 de fevereiro de 2016

DAS COMENDAS

A COMENDA ENCOMENDADA

“Comendador” Eduardo
Que garante não ser parvo
Mas quer fazer dos outros tal
Farda-se de imperador
E sem centelha de humor
Quase tudo leva a mal.
De qualidades fanado
Acha-se predestinado
E alguém de grande valor
Nas margens do rio Ave
Assentou a sua base
O vistoso “comendador”.
De bigodaça e bastão
O pernóstico ancião
Chora os sonhos desfeitos
Com “poemas” a si próprio
Genial no solilóquio
Canta os seus grandes feitos.
De imponente postura
Esta “castiça” figura
Não é peco na prosápia
Só acredita quem viu
Mas o “ilustre” erigiu
Ao seu estro estátua!
Embevecido consigo
Tem o mundo no umbigo
Nada mais o preocupa
Espalhafato à grande
Que a si próprio encante
Basófia em catadupa.


Amândio G. Martins

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