quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Em TAP privada não há o interesse público e regional

A administração privada (F. Pinto, H. Pedrosa, D. Neeleman), duma TAP privatizada por PSD/CDS a mata-cavalos e sem legitimidade para tal, o que levou ao seu bloqueamento pela Autoridade Nacional da Aviação Civil, decidiu que iria acabar com voos de longo curso do aeroporto do Porto e igual opção para ligações a Bruxelas, Barcelona, Roma e Milão, porque estas dariam um prejuízo de 8 milhões de euros.

Por uma questão de transparência, essa administração privada da TAP devia divulgar todas as suas rotas e os prejuízos ou lucros de cada uma, para se verificar onde se encontram os outros mais de 100 milhões de euros de prejuízo, dum total de cerca de 109 milhões negativos no 1.º semestre de 2015, anunciados em Setembro desse ano pelo ex-secretário de Estado Sérgio Monteiro, alucinado pela pressa na privatização.

Os 8 milhões poupados a suprimir ligações do Porto para essas 4 cidades europeias, serão afinal uma gota no prejuízo global anunciado. Que outras rotas vai suprimir a administração privada da TAP?

As preocupações do presidente da Câmara do Porto e outras entidades nortenhas soam a ingenuidade hipócrita, uma vez que directa ou indirectamente apoiaram a privatização da companhia aérea nacional, e agora tentam esconder que desconheciam que o objectivo dos futuros patrões aeronáuticos seria exclusivamente o seu lucro, colocando de parte o interesse público e regional.


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