terça-feira, 26 de abril de 2016

"NO TO RACISM" E "RESPECT"



No to racism e Respect

Não sou, como será lógico, advogado de defesa de Renato Sanches, nem sequer foi ele que me solicitou vir em sua representação para o defender, no caso concreto dos acontecimentos protagonizados, infelizmente, por parte de alguns adeptos afectos ao conjunto da cidade de Vila do Conde, ontem, após o final do jogo entre o Rio Ave Futebol Clube-Sport Lisboa e Benfica, referente à jornada número 31, com a vitória praticamente arrancada a "ferros", pelos comandados do Professor Rui Vitória, pela margem mínima de 0-1, com cheiro a estrelinha de campeão, não deixa contudo de ser uma realidade, mas o resultado é suficiente para o Benfica poder amealhar os três pontinhos da ordem, que fazem até à próxima jornada o SL Benfica líder desta I Liga, muito polémica, em jogos de palavras e acções, por parte de muito boa gente…mas enfim.


Mas vou directo ao assunto e aos acontecimentos verificados ontem no final do encontro, para falar, aliás para escrever, mais propriamente dito, acerca do jogador que representa a instituição desportiva Sport Lisboa e Benfica, Renato Sanches, e que ontem no Estádio dos Arcos em Vila do Conde e a após o apito final do árbitro Artur Soares Dias, do Porto, foi alvo de cânticos racistas por parte de alguns adeptos vila-condenses.



E, este acontecimento de ontem não serve só com o Renato Sanches, mas sim com todos aqueles que só são diferentes, somente pela cor da pele, porque de resto são iguais a todos os outros.




Segundo tive conhecimento através da comunicação social de hoje, em que o SL Benfica vai apresentar queixa na Liga e na FPF, deixo aqui um apontamento de opinião, para perguntar, que culpas tem o próprio clube Rio Ave Futebol Clube, de alguns adeptos afectos ao clube da casa de não terem o mínimo de respeito pelos outros?



Quando a UEFA promove e convida todos os espectadores-adeptos do desporto "rei", que é o futebol, com o slogan, "NO TO RACISM" e "RESPECT", é de lamentar que em pleno século XXI, ainda se continue a ouvir provocações do género?


(Texto-opinião, publicado na edição online, secção "Escrevem os Leitores" do Jornal RECORD 
  de 26 de Abril de 2016)
(Texto-opinião, publicado na edição Nrº. 45895 do Diário de Notícias da Madeira de 30 de Abril
  de 2016) 

MÁRIO DA SILVA JESUS

1 comentário:

  1. É verdade que a turba multa não tem controle e quando o irracionalismo campeia toda a brutalidade é possível. A campanha contra o Renato tem sido alimentada por "senhores papagaios", ligados a um clube concorrente daquele onde milita o miúdo, que a toda a hora, nos órgãos de comunicação social o atacam, pondo sempre em comparação com outro seu atleta que, nas suas opiniões, acham melhor jogador. Se essas pessoas, homens de idade superior a 50 anos, tivesse um pouco de dignidade, não atacavam uma criança que, pelos seus méritos, sobressaiu do mundo paupérrimo onde foi criado. A maior miséria moral, não está tanto nos apupos das imbecis claques, como nos ditos senhores papagaios, e naqueles que os contratam, ou lhes pedem opiniões incendiárias.

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