quarta-feira, 18 de maio de 2016

Os "turbo gestores"

Não é bonito!

Não fica bem, que em várias empresas aumente o número de administradores ao mesmo tempo que se despedem colaboradores e pior, quando a gestão é danosa!

Não é sério que, só porque passou pela política, ou por um qualquer canal de TV, certos elementos tenham lugar garantido em conselhos de administração das melhores empresas.

Deixem-se de deslumbramentos pelos jornalistas que lá fora fazem investigações para entreter o povo durante algum tempo e dediquem-se a investigar o que está mesmo debaixo do nosso nariz. 

Jornalismo sério precisa-se!

Há um exercício jornalístico que ninguém parece querer fazer, talvez pelo medo das consequências: analisando as empresas em Portugal que melhores salários pagam às suas administrações, observem as suas composições em quantidade e em personalidades com curriculum politico; e dentro das várias administrações vejam quantos são repetentes em várias: os chamados turbo gestores!

Onde está escrito que quem passa pela política fica habilitado a gerir o que quer que seja? Se bem que na minha opinião não é difícil gerir o que não é nosso. 
É que se correr mal, paciência...

Vem a propósito de dois ex-governantes no Santander Totta (que de 12 passa para 15 administradores): António Vitorino e Luís Campos e Cunha e tantos outros que se passeiam em grande estilo, usufruindo todo o tipo de mordomias sociais.

Se calhar nem é preciso ir tão alto: em escalas menores, qualquer directorzinho de pequena ou média empresa, leva para casa muita coisa para além do normal salário.


Nem os hospitais escapam a esta megalomania: em qualquer hospital de província, compare-se o número de administradores, com o número de médicos necessários a um bom serviço hospitalar e digam se não há aqui qualquer coisa estranha, escandalosa...?

Onde está o jornalismo de investigação deste país?

2 comentários:

  1. a Fátima tem toda a razão! Mas eu deixo aqui uma pergunta que todos/as sabemos a resposta: de quem são os jornais?

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  2. Há profissões em que basta a competência; noutras, para além da competência é necessário coragem. Ao jornalista faz falta a coragem... Mas num país em que se voltou ao tempo da "rolha" não admira que por cá ande tudo aos saltinhos a babar pelo que se faz lá fora, enquanto a casa arde...

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