quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Notícias soltas da Lusitânia e dos Algarves

1 - O Parque Aventura da Quinta do Narigão, algures nos matagais de Lisboa, e aberto em 2014, está às moscas, sem uso efectivo e completamente vandalizado.
Pergunta ‘sacramental’: quem foi o filantropo que enterrou tanto dinheiro num empreendimento para não ter qualquer serventia, ou alguma mais-valia?

2 – Há animais no Alentejo a morrer à sede. Inacreditável perante tanta sapiência acumulada, provinda de tanta gente em autarquias e outros locais de alta cultura e saber, como as universidades de verão.
Então as incomensuráveis águas do Alqueva não chegam a todo o lado alentejano? Serão só para turista ver e para outros deleites de super estrelas?
De facto, durante a época das chuvas vêem-se, por quase todo o país, inúmeras quedas de água que correm ao deus dará, mas como não dão votos, não se fazem represas para armazenar tanto precioso desperdício. Só se fazem polidesportivos sem ninguém; edifícios de juntas de freguesia fechados a sete chaves, bem como outras edificações sem uso efectivo, em que alguns deles são autênticos mamarrachos e fontes de muita despesa pública.

3 - O Festival Andanças, ‘filho querido’ da Associação PédeXumbo, que conta já 21 anos, viu ficarem em cinzas 422 viaturas dos seus fiéis frequentadores, amigos da cultura tradicional da dança e do canto.
O parque onde se deu o incêndio parece que era em terra batida, depois de ter sido ceifado todas a secas ervas que o cobriam.
Para já não se sabe ao certo o que provocou tão dantesca ignição, mas os catalizadores dos automóveis que atingem muitos graus de temperatura e umas ervas secas por perto podem fazer o resto.

4 – A dívida pública parece que não vai só à bolina. Vai, isso sim, de vento em popa, ou a todo vapor. Parece que nenhum Adamastor lhe consegue pôr frente.
Por isso, nem o belíssimo clima, nem a excelente gastronomia, nem o êxito dos muitos milhões de turistas e suas pegadas conseguem suster tanto esbanjamento público.
E, se somos cada vez menos e muito mais envelhecidos, quem é que nos vai continuar a fiar? Qualquer dia nem chão teremos para pousar o esqueleto!

5 – O Governo diz que não vai privatizar a ADSE. E por que é que o faria? Para ficar com os prejuízos?
O mais racional, tendo em conta toda a irracionalidade existencial, seria englobar a ADSE no SNS. E assim se acabava com o bicho e a peçonha.

José Amaral


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