quinta-feira, 1 de setembro de 2016

TTIP? - Não, obrigado

O arranque negocial do Tratado Transatlântico de Investimento, entre UE e EUA (TTIP), a 17 de Junho de 2013, tem contornos de secretismo inaceitáveis. Quase nada
se sabe. A credível associação ambientalista Greenpeace confirma com documentos que as negociações estão a decorrer em moldes obscuros... O Tratado está a ser alvo
de forte pressão lobista norte-americana, para forçar a agilização das regras europeias sobre o uso dos pesticidas na agroindústria. E não só... Visa, não apenas (o dito)
livre comércio, mas também o alargamento e salvaguarda dos lucros das grandes corporações multinacionais, colocando-as fora do alcance das instâncias de poder, como Estados, 
ONU e Tribunais Internacionais. Procura passar por cima de todas as barreiras legais como: Direitos dos consumidores; direitos laborais; regras de saúde pública; activos e
empresas estatais; protecções ambientais; privacidade e liberdade na internet; políticas públicas relativas a medicamentos; infraestruturas; combustíveis; agricultura e por
aí fora... Sendo a norma americana permissiva, o Tratado quer nivelá-la por baixo na Europa, esvaziando o poder judicial dos Estados. No Egipto, o Governo aumentou o
salário mínimo e uma multinacional francesa protestou judicialmente, sendo recompensada com uma indemnização de muitos milhões, uma vez que essas disputas são decididas em tribunais especiais e cujas conclusões não podem ter recurso... Isto é a captura dos Estados e das suas Instituições e leis. É a Nova Ordem Mundial...
   Face a esta nova ameaça de guerra comercial, devemos afirmar em voz alta: TTIP - Não!

                                      artigo de opinião de Vítor Colaço Santos

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