domingo, 6 de novembro de 2016

As presidenciais norte-americanas


Sobretudo a Direita e comentadores assalariados do óbvio fazem-nos crer que os EUA «são um modelo de virtude democrática». Não creio e se
assim fosse todas as outras candidaturas (além Hillary-Trump) teriam espaço mediático, vez e voz. Cá, quase nada se sabe daquelas.  Ponham-se aspas à democracia americana.
   Perfilam-se duas candidaturas de alternância: Hillary Clinton, Democrata e Donald Trump, Republicano. Não se pode dizer - entre estas venha o diabo e escolha. Hillary é uma liberal com defeitos e residuais virtudes, tendo poucas alternativas. Um enorme senão: os emails perseguem-na. 
Com ela vai-se paulatinamente para a perigosidade...
   Trump é politicamente muito incorrecto. Multimilionário (também à custa de impor 'salários' esclavagistas aos imigrantes nos seus hotéis de luxo), desbocado, desnorteado, contraditório, vingativo, provocador e desrespeitador da condição feminina - ameaçando com os seus advogados, pagos a peso de ouro, levar as mulheres que tiveram a audácia e coragem de relatar os impulsos sexuais/animalescos daquele, a responderem em tribunal. As suas propostas são perigosamente extremistas. Quer fazer explodir o Daesh, despejando-lhes mega-toneladas de bombas; Denunciar o acordo nuclear com o Irão e pergunta:« Porque não hão-de os EUA usar o seu poder nuclear e a Coreia do Sul e o Japão adquirir a bomba atómica?». Quer o fim do regime de não proliferação nuclear(!). Avisou jornais que tudo fará para os encerrar - inqualificável! Anulará a (tímida) Lei de Cuidados  de Saúde e reapreciará (leia-se, revogará) a legalização do aborto. Sobre a imigração propõe a construção dum muro
entre EUA e México, a expensas deste, a proibição d entrada de muçulmanos e testes ideológicos para pretendentes imigrantes (caça às bruxas).  Opõe-se à limitação da posse de armas e à proibição das armas de assalto, dizendo:«as mortes podem ser evitadas com mais armas»(!) Tem o recente apoio do Ku-Klux-Klan - 100 comentários!
    O mundo é um sítio mal frequentado, os americanos quiseram sempre ser o seu polícia e agora, caso a eleição deste monstro se concretize, o premir do botão nuclear - ficará mais à mão - da total destruição!!!
    O Planeta, infelizmente, depende do resultado eleitoral dos EUA. 

                                      artigo de opinião de  Vítor Colaço Santos 


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