sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

PROFETA

Imbecis, vendilhões imbecis, não sois da minha laia. A vossa ganância, a vossa riqueza, a vossa manha não me interessa para nada. Quando muito interessa-me o poder. O poder de criar e de destruir. O poder de demolir o próprio poder. Vim para vos destruir. Para anunciar o novo mundo. O belo. A criança. A mulher bela. Aguardo os meus companheiros na caverna. Vim anunciar o super-homem, o homem integral, o criador. Não vim pastar nem ver passar a banda. Vim com Artur e Zaratustra. Passeio-me entre os homens como entre os animais. Sou a Vontade e a Vida. Meu amor, como sofri entre os homens. Como fui crucificado e humilhado. Agora regresso com os meus exércitos, com Che Guevara. Oh, vendilhões, banqueiros, não me levais mais. Eu sou Senhor, sou soberano. A patroa conta os trocos e eu sou sou soberano, rei do Quinto Império, Senhor das Sete Luas. A patroa varre o chão e eu bebo em honra de Platão. A patroa varre o chão e a carne desperta. A patroa varre o chão e eu penso e crio. Imbecis, vendilhões, tendes os dias contados!

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