segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

GUARDO



Guardo no olhar o rasto de luz da tua pele
deixado pela minha boca,
o gemido rouco,
o abraço forte.

Guardo no olhar o fogo dos teus olhos em súplica,
a ternura do teu toque,
o rendilhado dos afectos
e o teu sono, quase infantil depois do amor.

Guardo,
porque as memórias são pedaços de vida
mesclados por sons e sabores de momentos únicos;

Guardo,
porque guardando
tatuo na retina
o amor que já foi chama
e hoje é apenas ternura,
mas forte e poderosa
como a alvorada,
rompendo a aurora.


©Graça Costa
imagem da web


6 comentários:

  1. Na mesma linha do poema editado anteriormente, que mantêm, ambos, uma profundidade amorosa, marcando um estado de alma, quase em êxtase, em trânsito para o doentio. Tem muito de poético e de sentimento humano da procura do ente querido, ou seja, da outra metade. Muito bem construído. Obrigado pela publicação no blogue.

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  2. Outra maravilha. A graça é uma enorme poeta!

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  3. obrigada por "me lerem" e mais uma vez muito grata pela generosidade dos comentários. Ando a aprender a "dançar" com as palavras.

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  4. Só agora reparei que escrevi o seu nome com letra minúscula. desculpe, Graça.

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  5. ora...não tem o menor problema Francisco. Bem haja

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