segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Poema da opressão
 - Não vás!
Diz-me o temor,
Escudado em decénios de opressão.
E eu,
Covarde,
Invoco tal razão
E fico para trás
E fujo e saio.

- Não vás!
Diz-me o instinto
Que quer conservar meu corpo vil.
E eu,
Covarde,
Mais um, entre mil mil,
Acho boa a razão
E fico e fico.

- Vai!
Ordena a Dignidade,
Que, adormecida noutro eu,
Ainda existe em mim.
Alcanço o Além.
Vejo a Eternidade!
Fico de pé.
Sinto o caminho … e vou!


Joaquim Carreira Tapadinhas - Montijo

3 comentários:

  1. Obrigado ao Amigo Francisco pela frase cura mas incisiva. Este poema foi escrito há muitos anos, quando a liberdade no nosso país era um produto caro e raro, por isso, hoje, já não terá a força que teve, mas, a sua mensagem é eterna. Um abraço fraterno e universal.

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  2. Que surpresa boa... espero que continue a presentear-nos com este tipo de escrita com tão intensa mensagem : Obrigada

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