domingo, 29 de janeiro de 2017

Quimeras

Leio que cientistas já conseguiram fazer quimeras (figuras animais com duas linhas genéticas) introduzindo células estaminais humanas em embriões de porco. Dizem que a intenção é poder obter orgãos para transplantação que tenham menos possibilidade de ser rejeitados e em maior número. Boa a intenção? Quero crer que sim mas... e as consequências colaterais? Tenho, até por (de)formação profissional, muito respeito pela ciência mas acho mesmo que a ética tem aqui um papel da maior importância a desempenhar. De mente aberta mas... muito atenta ao que se vai passando e, como lhe compete, com uma palavra lucidamente crítica à novidade.

NOTA:desculpem a imodéstia mas acho mesmo muito importante este texto e neste local! E adorava ter comentários. Venham eles!

Fernando Cardoso Rodrigues

4 comentários:

  1. Caro Fernando,
    Não sei de onde vem, para este caso, a palavra quimera. Era uma daquelas que eu privilegiava, associando-a até a utopia. Mas há sempre aproveitadores das boas ideias e, neste caso, cujos detalhes ignoro, parece-me que, semanticamente, já nos estão a formatar para os futuros radiosos. Partilho o seu respeito pela ciência, admiro-a, e muito espero dela para o progresso humano. Mas, para mim, a ética continua a posicionar-se mais lá para cima. Se calhar, o defeito é meu (e, pelos vistos, também seu). Atenção, atenção, atenção, como diria o Huxley.
    Abraço.

    ResponderEliminar
  2. Só posso concordar com a opinião abalizada do amigo Fernando. a ciência sem ética,pode ser muito egoísta e até monstruosa.

    ResponderEliminar
  3. Sem dúvida:



    ...... mas acho mesmo que a ética tem aqui um papel da maior importância a desempenhar....

    ResponderEliminar
  4. Ao Francisco agradeço o comentário. Ao José também mas acrescento: atenção ao Huxley e... ao Orwell! O primeiro pela denúncia dos "homens e mulheres em prateleiras de qualificações" e o segundo por nos ter avisado da "novilíngua" e do Big Brother, antecipando para 1984 o que vai sendo em 2017. Num exercício abusivo de mistura, direi que pena é que o cavernícola que acordou da hibernação no primeiro não seja bem o outro "cavernícola" que nasceu nos EUA e no mundo em 20 de Janeiro último..., infelizmente acolitado, por alguns cientistas soberbos...

    ResponderEliminar

Caro(a) leitor(a), o seu comentário é sempre muito bem-vindo, desde que o faça sem recorrer a insultos e/ou a ameaças. Não diga aos outros o que não gostaria que lhe dissessem. Faça comentários construtivos e merecedores de publicação. E não se esconda atrás do anonimato. Obrigado.

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.