sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

A culpa é sempre das arbitragens

É tradicional, que quando os resultados positivos e vitoriosos não acontecem, os denominados três grandes da actividade futebolística portuguesa, responsabilizam sempre pelos seus desaires as arbitragens.
Nunca ou raramente reconhecem mérito ao adversário, ou admitem erros próprios, a nível individual ou colectivo, ou questionam as opções concretizadas de compra e venda de jogadores. Nada disso é tido em conta, a culpa de não vencerem sobra sempre para as arbitragens.
No entanto, tal nem sempre convence as claques mais fanáticas, que por vezes demonstram irracionalmente as suas desilusões e fúrias, e as consequências são quase sempre as chamadas chicotadas psicológicas em treinadores e raramente em dirigentes ou administradores das sad.s.
O farto comentário televisivo, radiofónico e escrito, normalmente alinha pelos mesmos parâmetros e, como se costuma dizer, atira mais lenha para a fogueira, para não prejudicar o negócio futebolístico, com as suas sociedades e agentes desportivos e o seu papel de alienação circense, para que não se pense na «liberdade a sério» com «a paz, o pão, habitação, saúde, educação», como nos transmite e canta o Sérgio Godinho.
Os árbitros enganam-se ou erram, da mesma forma que um guarda-redes dá o chamado frango, um jogador falha o passe, o golo ou uma grande penalidade, ou o treinador não acerta nas substituições. São vicissitudes dum jogo, que podem ocorrer com maior ou menor frequência, fazendo parte do espectáculo, mais ou menos agradável, que o mesmo proporciona.

3 comentários:

  1. Não falta quem culpabilize outros, justamente ou não, pelas suas vicissitudes. É mais cómodo, dá mais jeito e apaziguam-se as próprias fúrias. Em suma, é humano. Mas não devia ser…

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  2. O futebol, ou melhor, as paixões clubísticas (pois do futebol bem jogado também eu gosto!) são das poucas coisas onde "o irracional se considera racional". E... deve ser senão não se perorava tantas horas sobre... quase nada...

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  3. E esse irracional é tão aproveitado...Aliás, como diz o nosso amigo Ernesto "negócio futebolístico e alienação circense". Eu também gosto de futebol. E sempre amadoramente o pratiquei. E fui até um benfiquista um tanto ferrenho. Hoje não sou nada, face à saturação de tantos comentários, de tantos desejos de protagonismo, de tanta alienação. Muito pior ainda que no tempo da outra senhora, em que havia apenas jogos ao domingo.

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