terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Debater a morte assistida



Existem temas que apelidamos de fracturantes dado que “fracturam” as sociedades: os “a favor” e os “do contra”.
Aconteceu, e ainda acontece, com o aborto, e está em cima da mesa com a morte assistida, vulgo eutanásia.
Deveríamos debater estes temas não indo preparados para nunca mudar de posição.
Para além de que demasiadas pessoas nem estão convictamente empenhadas, unicamente têm necessidade de aparecer.
Outros defendem as causas em que acreditam dando a cara, o que é positivo.
Falando de morte assistida, algo que é pedido em determinadas e bem esboçadas circunstâncias pelo próprio, e só pelo próprio, quando considera que a sua “vida já sem cura deixou de ser digna de ser vivida”.
Quanto à morte assistida, a evolução no tempo não permite que várias gerações vivam na mesma casa. Hoje, são demasiados os casos em que se deixam os velhos abandonados em casas sem auxílios ou deixados doentes à porta do hospital.
Pede antecipada e legalmente para morrer, sendo ajudado a fazê-lo, e se não puder por quem de direito.
Isto deve ser permitido para quem quer, mesmo já tendo feito o testamento vital.
A vida tem de ser vivida até que idade for com dignidade.

Augusto Küttner de Magalhães
(Público, 2-2-2017)

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