segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Somos estúpidos, ou atrasados mentais?

Não é a primeira vez, nem certamente será a última, que os nossos políticos nos tratam como se fôssemos estúpidos. Mas agora, ainda no decurso do "folhetim" CGD, o PCP e BE forçaram a nota de uma quase chantagem política à oposição, quando denunciam a decisão da constituição de uma nova comissão de inquérito na AR, como uma tentativa de destruir a Caixa. Ó senhores, o que tem uma coisa a ver com a outra? Se a Caixa ainda estivesse paralisada como esteve meses atrás, até se poderia compreender. Mas nestas circunstâncias, de haver uma Administração (até ver, competente) em plenitude de funções e um plano de reestruturação a ser implementado, a denúncia cheira a chantagem política. Objectivamente, trata-se tão só de apurar, em definitivo, sem mais sofismas, se um ministro mentiu ou não à Assembleia, o que não me parece coisa pouca.Também não gostei, sinceramente, de ouvir o meu Presidente proclamar o assunto como encerrado, embora ele tenha acrescentado que se referia a ele próprio. Presidente Marcelo, sabe bem que não pode confiar em ninguém, e o seu maior trunfo político, que a meu ver o elegeu (e o poderá manter no futuro) é a sua independência de partidos e "lobbies". Mas ás vezes, sabe bem, que até pode parecer que não é sim. E em política, o que parece, é mesmo!
Obs. Este artigo foi publicado na íntegra no jornal Público, edição de 21/2/17.
Também foi publicado no semanário Expresso, na sua edição de 25/2/17.

15 comentários:

  1. Respostas
    1. Obrigado cara Amiga, já tinha visto. É de salientar pois sou políticamente incorrecto, qq dia fico completamente marginalizado. Quem sabe, tere de pedir asilo por delito opinião...

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  2. Não exagere Manuel! Esse "lamento" (o da sua resposta) já quase todos nós o tivémos, em diversos tons, e... cá estamos! Mas, como já o disse várias vezes, é uma boa "dica" para o nosso encontro de Março...

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  3. Caro Fernando, não sei a sua idade, mas eu vivi no tempo de Salazar, em que os que não eram por ele, teriam forçosamente de ser entendidos do contra. Agora, na minha modesta opinião, passa-se o mesmo. A mesma ou até mais agressividade verbal e escrita, contra quem tenha uma opinião contrária à da "situação". Por isso sou poucas vezes publicado, e quando tal acontece, lá me convenço que vale a pena continuar. Água mole em pedra dura... Um abraço e até breve, se Deus quiser.

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  4. Tenho 71 anos, Manuel. E também não tenho saudades do tempo do "botas". Quanto à nossa relação com os jornais, acho mesmo que, todos, poderemos e deveremos falar disso no próximo encontro, palavra! Até breve!

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  5. Este comentário vai para ambos, o Manuel e a Céu. Ao primeiro digo: está a ver como o publicam?...
    Aos dois uma pergunta sobre o que não entendo: como diabo falam da publicação no jornal de dia 20 ( o Manuel "ajeita" hoje com um Obs...) quando o texto somente aparece hoje no dia 21???. Palavra, gostava mesmo de saber!
    Elucidem-me por favor para eu aprender esses dons premonitórios!

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    1. fERNANDO,também não percebo!! Acho que a carta saiu duas vezes!!

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  6. Não saíu não Céu! No de ontem não apareceu essa carta do Manuel. Apareceu sim outra do mesmo autor ( "CGD fragiliza o Governo, não o ministro")...

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  7. Meus Caros Amigos Céu e Fernando, fico honrado e até sensibilizado com a atenção (imerecida) com que me mimam. Efectivamente, fui publicado duas vezes seguidas, com artigos diferentes. Posso a propósito, informá-los do seguinte. Eu só escrevo, com se calhar já notaram, quando tenho ânsias disso e tema merecedor. E quando acontece, só envio para os dois únicos jornais que assino, o Público e o Expresso. Ora, como também já viram, é difícil a um "políticamente incorrecto" ser publicado nos nossos dias, aqui ou mesmo no estrangeiro. Há muita coisa que pensamos ou sentimos, que não podemos escrever ou dizer em público. É por isso mesmo que as sondagens do Brexit e Trump deram desilusão. os inquiridos não disseram a verdade! Por isso há semanas, depois de o David Dinis passar a dirigir o Público, tive de protestar contra uma eventual censura. Não obtive resposta directa, mas hoje já não sinto motivo de protesto. Um abraço amigo aos dois.

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  8. Também fiquei a pensar em que PÚBLICO do dia 20 vinha a referida publicação do confrade Manuel Alentejano. Nesse dia publicaram um texto meu, acerca da 'grande obra literária' Quinta-feira e outros dias. Mas, hoje - 21/2, efectivamente, veio publicado 'Somos estúpidos, ou atrasados mentais?'.

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  9. Volto a insistir: no nosso próximo encontro, em Março, é "importante" ( o que é importante?...falarmos dos "defeitos" dos jornais mas também dos nossos "defeitos" e... da relação entre os dois. Aqui vai, mais uma vez, a "dica"!

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  10. Agora que a confusão parece sanada, deixem-me dizer o seguinte: também já tinha reparado na publicação de textos em dias consecutivos, embora com assinaturas diferentes, mas pertencentes à tríade (pelo menos) de heterónimos do nosso companheiro de escritas. Coisa estranha para quem repete queixas de ostracismo. O que me parece é que todos, de esquerda e de direita, sofremos do mesmo mal. Convinha era não sofrermos também do mal dos treinadores e dirigentes do futebol, para quem a culpa é sempre do árbitro. Cumprimentos a todos.

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  11. Senhor Rodrigues, peço a V. Exa., caso esteja disponível, para me esclarecer as "assinaturas diferentes" a "tríade" e o "ostracismo", que francamente, talvez pela modéstia das minhas células cinzentas, não consegui entender.

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    1. Até parece que o senhor precisa das minhas lições. Não é verdade, o que resulta evidente quando se lê os textos que produz, com os quais, muitas vezes, não concordo, mas a que aprecio a qualidade. Sinto-me “obrigado” a dar-lhe as respostas que me pede, embora tenha a certeza de que o senhor delas não precisa.
      “Manuel Martins” é diferente de “M. Martins” e ambas as assinaturas são diferentes de “Manuel Alentejano”. Note que me parece evidente que, neste blogue, ninguém ignora tratarem-se da mesma pessoa, o que o iliba de qualquer intenção de baralhar identidades. Esse não foi o meu propósito. Como são três, saiu a tríade, mas podia ter sido “troika”, estrangeirismo que preferi evitar.
      Quanto ao ostracismo, refiro-me, como é evidente, à sua permanente sensação de estar a ser excluído das publicações pelo facto de (pensar) ser “politicamente incorrecto”. Por último, um pedido: não me chame por V. Exa. Fica mal a ambos.
      Melhores cumprimentos.

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  12. Senhor José Rodrigues, tomei boa nota da sua réplica, humorada, educada e inteligente, "comme il faut". Sinto-me também obrigado, sem aspas, a contra-replicar. Assinei M. Martins, para economizar texto, por mero acaso, já nem me lembro. Mas quem me conhece, não é se calhar certamente o seu caso, não me confunde. Espero que o José de futuro também o não faça. Já quanto ao manuel Alentejano, é diferente. É um alias, ou pseudónimo, se quiser. Uso-o aqui, porque a minha conta electrónica é idêntica à que uso no FB, apesar de só aqui aceitar ter 140 amigos, dos quais 110 são amigos de carne e osso, sabem bem quem eu sou. Mas eu lido com o FB com pinças, jamais lá publiquei fotos minhas, da minha Mulher, dos meus filhos e muito menos dos meus 6 netos. O meu perfil lá descrito, é 100% verdadeiro, em factos ou posições políticas, mas defendo a minha identidade face a quem não conheço. Quando alguém se expõe, em diálogo directo (Messenger), colegas da Faculdade, com a mesma ideologia política ou gostos pessoais, então eu também me identifico melhor. Espero ter sido esclarecedor. Os meus cordiais cumprimentos.

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