sábado, 4 de março de 2017

1956-Os futebolistas ingleses projetam uma greve por não acharem bem os atuais ordenados

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Por despacho da France-Presse, datado de 4 de Março de 1956, o Diário Popular do mesmo dia informa os seus leitores que “os futebolistas ingleses ameaçam fazer greve, a fim de apoiarem as suas reivindicações de salários. Projectam actualmente uma greve de aviso por um dia, na Sexta-feira Santa e se entretanto as suas reivindicações não forem atendidas, uma greve geral de três semanas”.
Volvidos 61 anos sobre esta notícia, dois aspectos ressaltam de imediato, primeiramente, o facto de hoje a maioria dos futebolistas não necessitar de fazer greve, pois recebe remunerações muito acima da média dos restantes cidadãos; em segundo lugar, transparece o facto de se referenciar a existência de uma greve de apoio a reivindicações salariais num país estrangeiro enquanto em Portugal as liberdades individuais, de imprensa, de reunião e direito à greve estavam seriamente restringidas. A  para única tentativa de greve geral desencadeada no tempo do Estado Novo (1933-1974), ocorreu a 18 de Janeiro de 1934. Pretendia protestar contra o atrelamento dos sindicatos ao Estado, e contra a deterioração das condições de vida dos trabalhadores. Com a existência apenas de pessoas que foram presas e deportadas para Angra do Heroísmo, nos Açores, e para o Campo de Concentração do Tarrafal, em Cabo Verde. O Movimento  Nacional Sindicalista acabaria por ser proibido nesse mesmo ano, sob a alegação de que era um cópia de acções revolucionárias estrangeiras.

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