segunda-feira, 20 de março de 2017

Operação Joana- a Marquesa de Vidal

Já são 28 os arguidos no arrastado caso baptizado com nome mui nobre - "Operação Marquês". Nele constam outros nomes mui nobres, celestiais e filosóficos, mas talvez pouco leais. Vinte e oito são também o número de cartas para se jogar o pocker sintético. Jogo que goza de alguma elasticidade e muito bluff, e que também mete, reis, valetes, damas e ases, que permitem constituir, street flashes máximos, vencedores, até à última carta a cair na mesa verde aveludada. O apostador experiente, é que conduz a aposta, com maior ou menor frieza. Na "Operação" em curso, quem conduz o jogo são os Procuradores, que procuram as ligações perigosas, as "asas de mosca" imbatíveis, que garantam vencedora, a aposta em que também participam. Para isso contam com tempo e paciência. Para isso contam com uma Procuradora, que resiste aos ataques da defesa, que dizem que o que está em jogo "não é o da Joana - Marquesa de Vidal, mas o da Lei", e esta não pode prorrogar prazos à sua vontade e medida. O jogo termina quando a última cartada está leiloada, e não serve, baralhar e recomeçar tudo de novo, até que saia a carta que nos falta para fazer uma sequência condenatória do jogador que reclama inocência e vitória, e que está sentado à volta das fichas que a Justiça tem para se manter em jogo, agora viciado, por incumprimento do disposto no regulamento legal. Ninguém pode ficar suspenso num jogo com prazo para fazer os lances que tem em mãos limpas. Nenhuma pessoa pode estar com a família sob julgamento que não tem fim nem moral para se eternizar, e juntarem-se à volta da mesa da sala de jantar e confraternizar. Os Procuradores, devem-se culpar por viverem num "rosário", e estarem obcecados, presos e  afastados ao mesmo tempo, do baralho que criaram e se enlearam. Foram a jogo com fracos naipes, e entraram mal no leilão. A última carta, rogatória quanto esperada, nunca mais saíu, e eles não fecharam a partida. Querem que se dê de novo. Mas isso só pode ser consentido, se à volta da mesa se sentarem quem esteja disposto a entrar no jogo, com espírito colaborador. O que não nos parece. Excepto expulsar a Justiça da mesa manchada de incompetência!



2 comentários:

  1. Melhor não saberia escrever, pondo na mesa tão sapiente opinião, que me parece ser a VERDADE dos factos.
    Um sincero abraço ao fazedor-mor desta obra-prima, ou não fora escrita por um vera Pena Fiel.

    ResponderEliminar
  2. O texto do Joaquim Moura é bom mas as ilações retiradas não me parecem tão evidentemente certas. Expulsar a Justiça?! Mas então... o Salgado, o Granadeiro e outros com tudo o que significam, são salvos por prazos e direitos que nunca respeitaram a muitos de nós?! Entendo e respeito os direitos mas o processo foi-se "enchendo" e termina somente porque a lei tem prazos?! Aceito que o método de querer julgar um monstro em vez de o "cortar em fatias" foi má estratégia mas quero vê-los no tribunal, julgados e sentenciados. Culpados ou inocentes, isso depois vê-se.

    ResponderEliminar

Caro(a) leitor(a), o seu comentário é sempre muito bem-vindo, desde que o faça sem recorrer a insultos e/ou a ameaças. Não diga aos outros o que não gostaria que lhe dissessem. Faça comentários construtivos e merecedores de publicação. E não se esconda atrás do anonimato. Obrigado.

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.