quinta-feira, 13 de abril de 2017

AUTÓMATOS

A gente fica desorientada
Num mundo assim desumanizado
Com o trabalho automatizado
Onde a pessoa conta quase nada…

Se esta nova coisa nos degrada
Que a dita vá para o diabo
Nunca pode ter o nosso agrado
Se nos faz a dignidade aviltada.

Já não vemos a terra prometida
De virmos a gozar de melhor vida
Com mais cultura e activo ócio.

Porque a mais-valia produzida
Em vez de ser mais bem distribuída
Vai toda para o dono do negócio!


Amândio G. Martins

2 comentários:

  1. Se o seu soneto aqui impresso tivesse "etiquetas", eu colocaria "cultura", activo ócio" e "dono do negócio". Num tempo em que fala de crescimento em vez de desenvolvimento, em que a reforma é para "gozar no caixão" e um só amealha mais que muitos milhares, o senhor percutiu bem!

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  2. Obrigado, senhor, pelas suas palavras. Sinto que vivemos tempos de assombração...

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