quinta-feira, 13 de abril de 2017

Estou velho e... com cara de parvo!

Nos últimos tempos tenho que me sentir assim mesmo! Porquê? Na associação das duas características porque, em poucas semanas, fui roubado de "esticão" e tentaram burlar-me por três vezes! Em duas delas com o "clássico" chamamento e insinuação de que me esqueci deles e de quem eram. Na terceira (quarta na série), o homem dizia que o "plafond" do seu cartão bancário se tinha esgotado mas que pagava a minha gasolina e eu dava-lhe previamente o dinheiro. O que me "traiu"? Por certo o "ar pacóvio", embora as cãs também ajudassem e ainda a "infantilidade", no primeiro caso, de estar a colocar dinheiro no porta-moedas no meio do passeio ("bem feita"!).
A quarta situação deixei-a para o fim porque é muito terna e "me salva" já que envolve somente a minha, assumida, condição de velho. Entrei no metro e, cheio que ele estava, encostei-me  a um banco onde "dois passarinhos chilreavam de mãos dadas e olhos nos olhos". Pois não querem ver que o rapaz levanta o olhar e, com o beneplácito do equivalente feminino, me diz: o senhor quer sentar-se? Uau! Como, felizmente, não sinto "ferrugem nas juntas nem falta de ar", respondi que não mas que estava sensibilizado com aquela atitude ( eles eram dois mas, claramente, "só um"...). Mais ainda, porque desfazer aquele namoro enlevado seria crime de "lesa Pátria". E lá continuaram eles (ambos lindos!) naquilo que todos devíamos fazer um pouco ainda que... "de bengala": namorar!

Nota: Cara Céu, isto serve como "história quase clínica"?

Fernando Cardoso Rodrigues

2 comentários:

  1. Fernando, talvez. Quando me referi ás histórias quase clínicas foi a pensar as que me / nos contou na viagem de ida e volta de Lisboa no dia do 4º encontro de leitores. Espetaculares e muito engraçadas!!

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  2. Eu sei Céu. Estava a brincar consigo. Aliás você disse "histórias clínicas", eu é que mudei para "histórias quase clínicas!. No "quase" é que está o busílis...

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