sábado, 15 de abril de 2017

Há bombas "más" e há as "não bombas!

Neste momento que vivemos, de "bombas minhas e bombas tuas"  e/ou "bombas más e bombas boas" há opiniões para tudo. mas agora apareceu outro conceito: o de "não bombas". Sobre isto, mais especificamente sobre o ataque químico em Idlib (pois as outras, as bombas "existentes", essa já toda a gente sabe que vieram dos EUA), tenho trocado comentários com alguns companheiros de blogue e o que me dizem varia entre " os químicos estavam num paiol dos terroristas", "ainda não se sabe quem foi o perpetrador", "a investigação sobre a autoria compete à ONU", "foi o Trump para justificar outras acções posteriores" e outras interpretações.
Estas contêm quase todas uma "reserva audível" que intuo como desculpabilização, no caso da autoria vir de Assad  ou/e de Putin ou seja, introduzindo subrepticiamente o tal conceito de "não bomba". Há, no entanto, factos que nunca referem, a saber: foi a Rússia que vetou, bloqueando, no Conselho de Segurança da ONU, uma resolução que pedia ( solicitação feita pelos EUA, França e Reino Unido) ao governo sírio a cooperação numa investigação sobre o alegado ataque com armas químicas. E, ligando as coisas, porquê? Há dúvida sobre quem é que a Rússia apoia no conflito da Síria?  Ou também será necessário que... ONU investigue esse apoio?
Pareço "apoiante" de Trump? Olhem que não! Não gosto é que "um olho veja  e o outro seja cego".

Fernando Cardoso Rodrigues

4 comentários:

  1. Duas perguntas: as bombas que gasearam tanta gente não foram lançadas por aviões? E os grupos terroristas que lá actuam já dispõem de aviação militar?

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  2. Até " me fica mal" fazer de "advogado do diabo" mas, em nome da daquilo que, quero, seja uma argumentação honesta ( e que o seja também da parte dos "defensores" da Síria/Rússia) o que estes dizem é que os químicos estavam num paiol destruído. Escusam de agradecer a ajuda,o que quero é um debate sério.

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  3. Boa noite amigo Fernando! Não tenho tido muito tempo nem disposição para dialogar consigo sobre este tão execrável assunto. Evidentemente que a falta de disposição nada tem a ver consigo! O Fernando é um interlocutor persistente, mas sério, e uma pessoa de bem. Concordamos diversas vezes, e quando discordamos merece que lhe diga porquê. Prometo que lhe vou responder mais ao pormenor, mas devido ao adiantado da hora, ainda não vai ser hoje.Não é assunto para não, sim ou talvez. As bombas são todas más e não há bombas não bombas.Também imagino que os terroristas não tenham aviões, mas quem é que disse ao amigo Górgias que não poderão ter armas químicas? Aliás, já as usaram. Depois, amigo Fernando, o que os EUA, França e Inglaterra propuseram ao CS da ONU, não foi propriamente uma investigação isenta, foi logo uma acusação e pedido de sanções. Quem é que os meus amigos acham que ganhou mais com este sujo crime? Acham que foi o Governo Sírio ou Russo? Quem é que tem dado mais caça aos fanáticos assassinos islamistas? (não esquecendo os curdos) Quem é que lhes tem fechado os olhos e dado rédea larga? fico-me por aqui. amanhã vou passar o dia com familiares, assim que tiver possibilidade volta ao assunto para lhes falar do que a Organização para a Proibição de Armas Químicas(OPAQ) tem tido e está fazer sobre o assunto. Até lá, boa Páscoa a todos.

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