sexta-feira, 7 de abril de 2017

Populismo


Quando as democracias parlamentares, através das elites políticas, se distanciam cada vez mais
dos povos, virando do avesso programas sufragados, contrariando promessas e compromissos…
surge o malquisto populismo. Ironicamente, o apelo ao povo é presença constante no seu discurso, sendo (ab)usado como mera alavanca para a disseminação do embuste. O populismo
é, sobretudo, conotado com a extrema-direita hostil à UE, apelando ao racismo, xenofobia,
homofobia e nacionalismo retrógrado. Marine Le Pen é exemplo perigoso.
   O populismo na Europa avança e o Brexit é uma consequência. A crise do euro, a
exponenciada corrupção ligada a interesses económicos/financeiros e o agudizar do êxodo dos
refugiados, ajudam a criar um clima de medo (porque estes são terroristas) e insegurança social (porque os estrangeiros ocupam postos de trabalho). É politicamente cobarde já que expulsa, em vez de integrar os desgraçados refugiados que fogem da morte! São hábeis em identificar os principais receios das pessoas: refugiados islâmicos; desemprego; austeridade e por aí fora. Consciências políticas débeis embarcam facilmente nestes discursos ilusórios.
   Os partidos da direita em Portugal têm apagado o fogo do populismo - com combustíveis vários.
   O populismo é a negação da democracia, da liberdade, da igualdade de oportunidades e da
fraternidade! 
                                                      artigo de opinião de Vítor Colaço Santos

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