quinta-feira, 27 de abril de 2017

Porra para o futebol


A loucura jornalística à volta do futebol e de tudo que o cerca está tornar-se numa epidemia nacional, que urge pôr cobro.
Antes de qualquer jornada há conferências de imprensa para que os treinadores façam uma antevisão do que vai acontecer no jogo que se vai realizar.
Entretanto, ouvem-se os presidentes a zurzirem uns nos outros.
De seguida, a arbitragem – a semanalmente sempre atingida – afirma ser quase impossível dirigir seja o que for, dadas as continuadas desconfianças que sobre si recaem.
Pelo meio de tal selva, as claques insultam-se; as claques agridem-se; as claques matam.
Após os jogos, um batalhão de comentadores perfila-se e acampa horas e dias a fio nas pantalhas televisivas, falando de tudo, menos de futebol.
Finalmente, já ninguém com bom senso, com medo de ser molestado, vai ao futebol para ver um jogo ao vivo, pois vivo pode ser o seu último dia com vida.
Assim, porra para o futebol e para toda a demência que o cerca.

nota - texto publico no blogue 'Ovar - novos rumos' de 28/4/2017

José Amaral

2 comentários:

  1. O Amigo José Amaral falou grosso, mas falou bem. É preciso desmescarar toda esta miséria que se esconde sob a capa do futebol e dos seus adeptos, claques e dirigentes irresponsáveis. Sabemos que toda este interesse sobre os resultados dos jogos servem para nos adormecer e desviar a atenção dos verdadeiros problemas do país, cujos responsáveis não são capazes de os resolver. O pessoal tem de despertar e pôr de lado este tipo de futebol, que conduz à desgraça.

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  2. É verdade que o tempo dedicado pelas televisões ao futebol constitui um verdadeiro massacre, mas se isso acontece é porque tem "clientela". Por mim, há muito que me curei dessa doença. A última vez que entrei num estádio foi há muitos anos, em Penafiel, estava vazio e fui lá no desempenho da minha profissão...

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