terça-feira, 4 de abril de 2017

Sem Cultura vivem os bichos!


«Podemos orgulhar-nos no domínio da Cultura»(!), disse Passos Coelho. Enquanto desgoverno
atirou-nos para uma vil tristeza colectiva e de enormes dramas para a Cultura e seus agentes.
Demagogia e embuste são seus atributos. A Cultura também é auto-estima e, por isso, a imbecilidade aniquila-a. A direita detesta a Cultura, vendo-a como mero sorvedor de subsídios,
não reconhecendo o papel essencial no desenvolvimento individual da cidadania e da própria
economia, sendo fonte geradora de emprego e receita.
   Numa sociedade decente, o ministério da Cultura terá tanto peso quanto o ministério das Finanças. Os agentes culturais depositaram esperança na Cultura, elevada a ministério e dirigida
por um poeta, em vão. É o ministério com menor preponderância e com escassos recursos. Catarina Martins, BE, insurgiu-se contra a falta de apoio e meios para a Cultura. Então, os acordos para a maioria parlamentar, não contemplaram uma política que visasse inverter com
urgência o dramático panorama cultural? A Cultura torna as pessoas sem medo, aspirando ao belo, cristalino e sublime. Sem ela a vida passa ao lado e há empobrecimento espiritual. O sistema político deve criar cidadãos e não súbditos.
  O Teatro da Cornucópia não aguentou o desinvestimento e desresponsabilização do Estado. Em
2014, o seu notável encenador Luis Miguel Cintra disse-me: ‘Podemos estar à beira de pré-encerramento’. Tendo encerrado, perdeu-se um emblema do património cultural e foi como ter ardido uma Biblioteca!
   Urge destinar 1% do Orçamento para assegurar um serviço público de Cultura. Um povo culto exerce qualitativa cidadania, é mais discernido e não baixa a cabeça!
   Viva a Cultura!
                                                    artigo de opinião de Vítor Colaço Santos

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