terça-feira, 9 de maio de 2017

Ganhou o mal menor


Felicito Emmanuel Macron como vencedor da eleição presidencial francesa, mas… é um «filho
de François Holland» e seu ex-ministro da Economia. Ultraliberal representante da alta finança, não vai melhorar a sociedade vulnerável. Agora, disse que retomará a reforma laboral pró-patronal. Terá ainda mais milhões de trabalhadores na rua contra ele! Durante o combate, perdão, debate com Marine Le Pen, usou uma retórica eloquente para enganar papalvos. É
intelectualmente desonesto, quando compara os extremos da fascista Le Pen com o radical de Esquerda, Jean-Luc Mélenchon. «Macron do ‘’Centro’’ do Partido Popular Europeu e da terceira via social-democrata minaram a solidariedade entre os povos da Europa e cavaram o fosso da desconfiança que virou o Norte contra o Sul, para impedir a urgente reforma de uma União Monetária incipiente e justificar o sacrifício infame que foi imposto através da [cega] austeridade aos países europeus mais endividados’’, escreveu no JN, Pedro B. de Vasconcelos.
Subscrevo e adianto: Um dos trunfos do «centrista» Macron é a enganosa verborreia que baralha as ideias, pondo a populaça à nora. Este embuste acontece lá e cá… Em suma, mascara o
mal que fez enquanto desgovernante.
   Pergunta-se ao sr.  Mélenchon: A Esquerda radical não capitalizou os efeitos terríveis do ultraliberalismo, também personificado em Macron, porquê?
   As próximas eleições legislativas francesas serão o barómetro para verificar o que vale o movimento de Direita de Macron, da fascizante Frente Nacional que mudará de nome para tudo ficar na mesma e das forças aglutinadas em torno de Mélenchon. Estas é que irão ser de facto - a2ª volta das eleições. 

                                          artigo de opinião de Vítor Colaço Santos

4 comentários:

  1. De facto, por grande incógnita que seja, ter corrido com a tal do "Pen" foi um passo importante para a decência, fazendo o "trampas" e o "putinhas" engolir em seco...

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  2. Estamos a atravessar um período de luta política, nos diversos países, em que o poder está a ser entregue, pelo povo, não aos dirigentes ou linha de acção ideal, mas ao mal menor. Isto não é confortável, mas é a realidade que é preciso aprofundar e ver as causas que levam a essa situação.

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  3. 'As causas que levam a esta situação' é estarem a desaparecer todos aqueles quem viveram e sofreram durante as duas grandes guerras.

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  4. Ter passado por "elas" é mesmo muito importante, sobretudo sendo bem formado. Entre 1959 e 1961 estima-se que terão morrido de fome na China 14 milhões de pessoas! Muitos dos actuais dirigentes daquele país são sobreviventes dessa catástrofe e pressente-se que tudo fazem para que não se repita tal coisa...

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