Para onde corre o Rio? Sempre que aparece a querer molhar-nos os pés, o
Rui Rio,RR, ondula entre o nada, a banalidade, o vulgar, com teorias ocas,
repetidas, fúteis, como se alguém estivesse a precisar delas como de pão para a
boca. Refastelado, como se na cadeira de alguma presidência estivesse, de vez
em quando, a fim de se tornar lembrado, lança umas balelas tipo slogans, umas
teorias pela rama que o homem comum teceria, e sem que se saiba qual a
objectividade e fins a atingir. Fala para não estar calado. Não se afasta por
muito que se esforce, da demagogia, e que só encaixa na comunicação social que
o repesca, porque ele foi um autarca da 2ª cidade mais importante do país, e
hoje mais reivindicativa e mais dinâmica do que no passado, a que ele pertence.
Trazido a curso entre margens por tais meios, expressa-se numa linguagem
pretensamente técnica, mas geralmente inócua. É um personagem com quem não se
pode contar. Ora avança, ora recua, ameaça e foge. É um entrincheirado no
comodismo que o caminho que trilhou lhe proporciona, e à espera que o chamem,
como desejado por entre o nevoeiro político, ou como solução para manhã
nenhuma, que ele agora nega e a seguir ambiciona. Armado em ideólogo e com ar
professoral, debita filosofia de café-concerto em horas que quer se ouçam, e
leiam. Mas qual o fundamento e a finalidade, se não para marcar presença no
meio de tanta água parada no seu leito manso e pouco apetecido, mesmo por
navegantes dele próximos, e que pensam que enigma é alimento? E é no meio de
tão pouca agitação, que eu acho que ele mete muita água, e nos molha até acima
dos joelhos mais distraídos. Fazer ondas ele faz, mas nenhuma aproveitável para
surfar, desde que deixou a Autarquia da cidade do Porto, que lhe deu
projecção até ao mar, ali tão perto, e por onde ficou a construir castelos de
areia com uma bóia à cintura, ainda sem nadador-salvador à vista, que o faça
sentir-se seguro e formoso. Mas é nestas ocasiões que apetece mandar o duplo R,
ir tomar banho!
* -(publicado hoje no "Destak")
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