quarta-feira, 3 de maio de 2017

Tigres de papel


Um dispara mísseis que rebentam, ou não, abaixo do zénite e muito antes do alvo, enquanto vocifera intenções de varrer do mapa o país mais poderoso do mundo. O outro ameaça o primeiro de um enorme conflito, que o arrasará, e ao pai, e ao avô e, de passagem, ao próprio país-manicómio.

Um massacra o seu povo com a miséria absoluta, dá-lhe penúria como prémio por bom comportamento, escolhe a dedo os destinatários de morte nunca anunciada. O outro muda mais de ideias e de amigos ou inimigos do que de camisa, manda às urtigas as soleníssimas promessas com que ganhou as eleições, transforma em grandes êxitos o que não passa de achincalhantes fracassos e queda-se a pensar que mais valia ter ficado sossegado a jogar golfe.

Um congratula-se com os festejos com que os seus distintos lacaios celebram os feitos do regime. O outro (não) ergue muros, descredibiliza-se nas políticas de assistência social, suporta a entrada de imigrantes que jurou impedir.

E é gente desta natureza que comanda comunidades de milhões de seres humanos neste mundo desenvolvido, culto e evoluído. Venha o diabo e escolha o Trump, que está com contrato a prazo. Do Kim, não sei nada.

2 comentários:

  1. E o rocambolesco americano, que concorreu a presidente por mero capricho, já diz que nunca pensou que auele emprego fosse tão difícil...

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  2. Buraco por buraco, mais lhe valiam os do golfe.

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