terça-feira, 13 de junho de 2017

10 de Junho - Dia de aniversário e de homenagens

O 10 de Junho é um dia muito especial para mim. Se por um lado é o dia em que há mais de quarenta anos me desloco à última morada de minha Mãe em que relembro o dia do seu aniversário e que brincávamos com ela dizendo-lhe que até era dia feriado, por outro, continua a ser o dia em que enaltecem os feitos dos nossos antepassados e se homenageiam aqueles que, salvo algumas lamentáveis excepções, se distinguiram nos serviços prestados à comunidade. Este ano, a cidade do Porto serviu de palco aos festejos que começaram antecipadamente com a sala de visitas repleta de visitantes que tiveram a oportunidade de ver de perto, e até tocarem, num Alouette III ou num F-16, nos carros de combate e em tantas manifestações de equipamentos utilizados nos três ramos das forças armadas. Mas o ponto alto das cerimónias foi sem dúvida o desfile militar nas Avenidas do Brasil e Montevideu mesmo em frente ao Atlântico - estrada usada pelos nossos navegadores na época dos descobrimentos – tendo também participado cerca de 100 orgulhosos ex-combatentes da guerra do ultramar e a quem o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa, Comandante Supremo das Forças Armadas, quebrando o protocolo e não receando aqueles que, complexados renegam o seu passado, e abraçando-os, disse: "Devemos-lhes muito. São uns heróis. São um exemplo [para os jovens]. É uma homenagem às Forças Armadas portuguesas”. Pessoalmente, foi sem dúvida diferente este Dia de Portugal em que para além da habitual romagem ao local de repouso de minha Mãe, senti a Mãe-pátria homenageada. Jorge Morais
 
Publicada no DN-M em 11.06.2017

2 comentários:

  1. Também desfilei no 10 de Junho de 1967 em Bissau, com o estandarte do BATALHÃO DE INFANTARIA 1877 - Firmes e Constantes, que englobava as companhias CCS - 1499 - 1500 e 1501.
    VIVA PORTUGAL

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  2. O Amigo Amaral fez-me lembrar os 10 de Junho 68/69 que passei em Díli onde desfilavam os katuas que vinham da montanha montados nos seus pequenos cavalos e com as bandeiras de Portugal, em muito mau estado por terem estado enterradas durante a ocupação japonesa. A nossa bandeira para eles, era mais que Deus. Quando, por qualquer motivo, desconfiávamos que um timorense estava a mentir, dizíamos para jurar por Deus e ele até jurava. Mas quando tínhamos a certeza que estava a mentir, dizíamos-lhe para jurar “bandeira” e aí ele, com lágrimas nos olhos dizia a verdade. Quer saber mais uma: desviavam-se da sombra da bandeira para não a calcarem. E fico-me por aqui para não calcar o risco, mas para bom entendedor . . . .

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