sexta-feira, 30 de junho de 2017

Como o tradutor de Staline

Lembro-me de ter lido que José Staline tinha um “fraquinho” por filmes de cowboys, que lhe eram escolhidos e enviados pelo seu embaixador nos USA.
Assim, quando lhe apetecia, convocava o tradutor habitual, já que esses filmes não vinham legendados em russo, e alapava-se a gozar as cowboyadas.
Só que esse tradutor, que realmente conhecia muito bem o inglês académico, não pescava nada do calão usado no farwest, pelo que se limitava, a maior parte do tempo, a ir descrevendo as situações conforme o seu desenrolar, o que originava algumas graçolas do staff do ditador, que era mesmo um saco de gatos…
E vem isto a propósito das últimas avaliações do FMI acerca de Portugal. Depois de se verem sistematicamente desautorizados pela realidade, que tem sempre razão, não lhes tem restado outra saída que não seja começar a corroborar as previsões, que vêem confirmadas, daqueles que, em Portugal, sabem o que andam a fazer, exactamente como fazia o tradutor de Staline.


Amândio G. Martins

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