sábado, 26 de agosto de 2017

DO AMOR, DA LIBERDADE E DA POESIA

Ganhe ou não mais fama, nunca deixarei de ser o homem à mesa, o poeta à mesa. Desde os tempos do "Estrela", do "Aviz", do "Ceuta", do "Piolho" no Porto ou da "Brasileira" e do "Astória" em Braga. Verdade seja dita: é desejável manter um certo anonimato, passar despercebido, não dar nas vistas. Ontem e anteontem já me apetecia cavalgar o "sucesso", assustar o cidadão comum. Mas ainda não é desta que me sinto com forças, ainda não é desta que me vou apoderar do castelo, embora vislumbre claramente o jogo, a máfia dos poderosos, a mesquinhez da maioria dos pequenos. Olho as mulheres. São mais dóceis, mais inofensivas, à primeira vista. Giovanni Papini fala na Mulher-Messias para que a redenção fique completa. De facto, foram as mulheres que melhor compreenderam Jesus. No fundo, o mundo pouco mudou desde há 2000 anos a esta parte. A diferença está na tecnologia. Ao nível afectivo, até regredimos. Houve, claro, grandes filósofos, grandes poetas, mas a mentalidade geral não evoluiu, antes pelo contrário. Continuamos a acreditar em crendices, continuamos agarrados ao poder e às riquezas. Não nos aproximamos do homem total, do homem criador, do Super-Homem. Só alguns homens e mulheres de génio o lograram alcançar. Os outros, a grande maioria dos outros, coitados, continuam por aí a pastar e a repetir-se. De facto, deveria fundar um movimento novo, um movimento político-poético-espiritual. O que eu digo vem de Sócrates, Platão, Jesus, Marx, Bakunine, Dostoievski, Papini, Henry Miller, Nietzsche, Jim Morrison, Sartre, Guy Debord, Camus, Vaneigem, Marcuse. O que eu digo vem dos grandes. Vem dos céus. Não sou da economia. Sou do amor, sou da liberdade, sou da poesia.

2 comentários:

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