quinta-feira, 17 de agosto de 2017

ESTAMOS EM GUERRA, COM OS FOGOS!


Não consigo mais ver visitas de ministros e do PM aos locais destruídos pelos fogos, a anunciar a reconstrução de alguma casas para os que ficaram sem elas. Acho que deveria haver mais respeito para com os mortos e as suas famílias.

Façam uma boa pausa no "politicamente correcto", deixem as poses ministeriais, inventariem as responsabilidades e sancionem os responsáveis, mesmo os do topo, não simples funcionários. Haja pudor para com o sofrimento alheio, não exibam sorrisos contentes ao distribuir uns cheques. Assumam que falharam, como responsáveis pela segurança das pessoas e bens. É o próprio conceito de Estado que está na ordem do dia. De um Estado que não se consegue defender, e uma vez atacado, os seus dirigentes parecem querer pôr primeiro o seu cargozinho a salvo, do que resolver problemas gravíssimos. Acabe-se com a burocracia para atenuar a dor e as perdas materiais. Nós estamos em guerra com os fogos. Fogos que este ano já permitiram que fossem acusadas 91 pessoas de os atear. Imagino quantas dezenas mais não estiveram envolvidas nestes crimes. Como é possível haver ignições nocturnas, em locais diferentes e cirurgicamente ateados? E o Secretário de Estado da tutela a queixar-se desta desgraça. Devia era fazer tudo ao seu alcance para prevenir, porque depois é tarde. E prevenir com as forças armadas na floresta. A patrulhar os pontos mais desprotegidos, onde esses bandidos se acoitam cobardemente para atear fogos. Com legislação dura, que permita que as polícias e as autoridades os encarcerem e tratem em hospitais psiquiátricos, se fôr caso disso. Isto no fundo, com o estado de calamidade já declarado, deveria ser mais uma operação militar do que uma operação civil, tal a dimensão desta tragédia.

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