quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Francisco,”Imperador da Paz”

Assim lhe chamou o presidente Obama. Fica por aqui a minha  incursão pelo  livro do Padre Anselmo Borges, “Francisco - Desafios à Igreja e ao Mundo”. Este papa já convocou dois Sínodos sobre a família na tentativa de descobrir como dar solução aos difíceis problemas que a  Igreja enfrenta com as novas formas de organização familiar.
Porque uma coisa são os ideais e a doutrina e outra a realidade concreta, este Papa tem uma visão mais humana sobre os casais que se divorciam e recasam, realçando que pode haver mais amor cristão numa união canonicamente irregular do que num casal casado pela Igreja.
Diz Anselmo Borges que causou viva emoção, no último Sínodo sobre a família, o relato que fez um padre mexicano de um episódio ocorrido na sua paróquia: realizava-se a cerimónia de primeira comunhão de muitos miúdos, com os pais assistindo, orgulhosos, quando um dos pequenos, filho de pais divorciados, chegada a sua vez de comungar, pegou na hóstia, partiu-a em três e foi levar um pedacinho à mãe e outro ao pai, impedidos de comungar por se terem divorciado.
Porque em quase toda a parte ao longo da História as mulheres foram inferiorizadas em relação aos homens, Francisco diz não ao machismo. Para aceder à sua identidade humana, as mulheres fazem-no pelo uso do genérico “Homem”; a mulher é ser humano pela mediação masculina, disparate a que Jesus Cristo, que sempre mostrou respeito pelas mulheres – vide o episódio da adúltera que ia ser apredejada -  é totalmente alheio. Uma menina é baptizada em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e depois vem o padre, o bispo, o cardeal, o Papa.
Quanto à natalidade, é conhecida a expressão de Francisco de que a Igreja não pode exigir dos fiéis que se reproduzam como coelhos, chegando ao ponto de dizer que o número de três filhos por família já é razoável para equilíbrio da população. E diz ter repreendido uma mulher que se encontrava na oitava gravidez, tendo já feito sete cesarianas, perguntando-lhe se queria deixar órfãos os filhos…


Amândio G. Martins

2 comentários:

  1. Nota - No quarto parágrafo, quarta linha, focou mal escrita a palavra "apedrejada".

    ResponderEliminar
  2. Nota - No quarto parágrafo, quarta linha, focou mal escrita a palavra "apedrejada".

    ResponderEliminar

Caro(a) leitor(a), o seu comentário é sempre muito bem-vindo, desde que o faça sem recorrer a insultos e/ou a ameaças. Não diga aos outros o que não gostaria que lhe dissessem. Faça comentários construtivos e merecedores de publicação. E não se esconda atrás do anonimato. Obrigado.

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.