sexta-feira, 11 de agosto de 2017

O Admirável Mundo Novo

Às vezes apetece-me ficar "bovinamente a pastar" quando me deparo com notícias que me alertam o pensar que dói. Mas logo me levanto pois sei que o nosso destino é viver neste mundo que se move e, inapelavelmente,  nós nele, quer queiramos quer não. E, com a minha profissão, é mesmo  meu dever, senão ainda continuaria nas "cavernas", a tratar "úlceras nervosas" do duodeno quando hoje estas são consideradas uma infecção por "Helicobter pylori" e são medicadas com.... antibióticos!
Vem isto a propósito de duas notícias científicas vidas no PÚBLICO ( estes artigos do jornal são magníficos e quase contemporâneos da publicação nas revistas da área específica). Ambas envolvem a técnica genética do CRISPR que, no fundo, é uma técnica de "corta e cola" no ADN dos variados seres vivos, alterando o devir dos seus descendentes. Num caso alterou-se o genoma (ADN) e assim vai deixar de haver uma doença cardíaca hereditária. No outro (de hoje) fica-se a saber como se pode tornar as formigas "anti-sociais", retirando-lhes a capacidade de alinhamento e organização que tão bem conhecemos.
Aqui chegados, vem a tal "dor de pensar" e ... a alegria de viver. Se, no primeiro caso, todos ficaremos imediatamente contentes por evitar doenças nas pessoas, no segundo, o das formigas, já haverá mais discussão. Isto porque, como dizem os autores, poderá abrir caminho de condicionar o autismo, esquizofrenia e depressão, mas ... poderá (?) levar também a desorganização social humana, perfidamente conduzida. A ciência precede a política e isso pode não nos tranquilizar ou... ajudar! Venha o "diabo" ou Deus ou o Homen e... escolha.

Nota: Este escrito, como é óbvio, é um pensar meu e portanto estará cheio de incorrecções científicas.Para além de se uma elocubração "filosófica".Mas nisso cá estarão os senhores para me "darem no toutiço".

Fernando Cardoso Rodrigues

5 comentários:

  1. Desta vez, não lhe dou no "toutiço". E quando lhe dou, não terei sempre razão. Desta vez, aliás, mais uma vez, digo-lhe que gostei muito.

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    1. Gostei que gostasse. Espero que não ache pretensioso eu perguntar se também não o é pensar de si próprio que alguma vez "me deu no toutiço"?

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    2. Interpreto o "dar no toutiço", como discordar, e isso é normal.Não é nada pretensioso. Acho eu!

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  2. UM prazer ler este texto. Obrigada, Fernando!!

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    1. Muito obrigado, Céu! Como imaginará, vindo de si, fico contentíssimo, senão "vaidoso" mesmo!

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