domingo, 6 de agosto de 2017


PÚBLICO   06.08.2017



O CDS agora apoia greves



Quando se perde o “poder”, faz-se tudo para o voltar a ter, mesmo “aquilo” que nos outros se criticava quando o faziam.



E independentemente das razões que os médicos possam ter para fazer exigências, de mais remuneração e melhores condições de trabalho, o país ainda não está tão bem como possa parecer, e a nossa dívida — pública e dos privados — ainda é enorme, e tem crescido — apesar de não parecer —, logo o CDS, tão consciente sempre dessa situação, estar a amparar uma greve é fantástico.



Claro que é a greve dos médicos, mas por certo em alguns sindicatos também terá o apoio das esquerdas, o que “antes” para o CDS era única e exclusivamente motivo de críticas.

Isto, com o andar do tempo, transforma-se e, quando “dá jeito”, encosta-se ao que antes se criticava veementemente.



O poder e a falta do mesmo fazem a diferença. E a vontade de ter/estar no poder é sempre tão grande que facilmente se faz o que se diria nunca fazer, ou que se criticava nos “outros”.

 



E como estamos em ano de eleições, mesmo que autárquicas, é tempo de tudo fazer para “agarrar” mais votos ou no mínimo não perder os que se conquistaram nas últimas autárquicas.



E pronto, temos o CDS, imagine-se, a apoiar uma greve, a achar muitíssimo bem que se faça greve. E é assim. Ponto!



Augusto Küttner de Magalhães,

Porto


4 comentários:

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