quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Raio de luz…

Mas quem és tu que vens e vais
Para procederes assim
A escarnecer dos meus ais
Vendo que eu sofro de mais
Sempre que olhas para mim…

Se és só um raio de luz
Pára com este mistério
Se és um mal que me seduz
Não vou carregar esta cruz
Não és de levar a sério.

Um dia sorris com gosto
Alegras quem te venera
Mas quando viras o rosto
Dás um enorme desgosto
A quem por ti desespera!

Não sei nem como te chamas
Nem qual o teu pensamento
Se já tens alguém e amas
Ou preferes outras tramas
Aventuras de momento…

Amândio G. Martins





2 comentários:

  1. Já aqui o disse: a poesia não é o meu forte. Mas quando vejo a perfeição técnica, o rigor na métrica, a musicalidade e a criatividade, um assunto abstractamente concreto ou, se quiser, concretamente abstracto, que me transmite sensações reais, não posso deixar de o assinalar. Parabéns! E que grande inveja...

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  2. Obrigado pela sua bondosa apreciação, mas não consigo ver no meu versejar o mesmo que o senhor viu...
    De facto, uma vez ou outra até poderá "saír"um pouco mais alinhadinho mas, com grande desgosto meu, essa não é a regra.

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