Tomamos conhecimento, através da comunicação social escrita,
de que o famigerado e mal nascido Prédio Coutinho, em Viana do Castelo, vai
definitivamente abaixo no 1º trimestre de 2018.
Depois de tantas ameaças, dizem-nos agora que estão reunidas
todas as condições técnicas e jurídicas para se iniciar a demolição.
Mesmo assim, nunca estivemos de acordo com a referida
destruição, pois afigura-se que o referido prédio não foi construído
ilegalmente ou tenha sido obra clandestina. Nem tão-pouco Portugal à época não
ser um estado de direito.
Logo, quem autorizou e licenciou a obra é que deveria ter
respondido por todos os atropelos havidos, não revertendo o dolo para quem nada
fez de errado.
José Amaral
Também tomei posição publicamente contra a demolição do Prédio Coutinho, num artigo muito extenso, com fotografia, publicado no extinto semanário, Nova Gazeta, de Montijo. Numa frente com mais de um quilómetro, o espaço ocupado pelo imóvel, que foi edificado legalmente, não era assim um caso de polícia. As indemnizações aos proprietários somam alguna milhões de euros, embora muitos já as tenham recebido no tempo dos escudos. Acabou por ser um braço-de-ferro, que só foi vencido pelo cansaço da parte de alguns propritários, pois isto durou tanto tempo, que muitos dos que iniciaram a luta contra a Câmara já faleceram. Ficará para a história como um triste episódio do poder autárquico e o prejuízo com tal decisão somos todos que pagamos.
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