sábado, 16 de dezembro de 2017

Deus, Pátria e Família



Penso que os menos jovens ainda se lembram da lição de Salazar: Deus, Pátria e Família - a trilogia da educação nacional. Pelos vistos, com o advento revolucionário do 25 de Abril e por aquilo a que assistimos no dia a dia, daquela trilogia, vá lá, safou-se a Família. Se não acreditam, reparem como a classe política trata de arranjar colocações para todos os parentes até à quinta geração e  por afinidade, sendo o expoente máximo, desculpem o pleonasmo,  o líder da bancada socialista na Assembleia da República Carlos César, isto sem querer menosprezar outros "compagnons de route". Jorge Morais
 
         Publicada no Jornal PÚBLICO de 15.12.2017   -    Revista SÁBADO DE 21.12.2017
 
                                                               Ilustração do leitor Paulo Pereira

1 comentário:

  1. Começo pelo fim do seu texto: a endogamia política e académica é e resulta sempre mal. De acordo portanto nesse facto. Quanto aos considerandos onde vai buscar a "conclusão", aí separa-mo-nos fortemente. A Salazar nunca se vai buscar grande "lição" e ele está cheio de tríades. A que citou, dele vinda, e a que lhe apuseram: fado, futebol e Fátima. Na primeira, cada palavra de "per se" tem valor mas juntas e sobretudo com a intenção reducionista (no mínimo) que o "homem" tinha, pouco vale o todo. Como se ficou pela Família, na sua tese final, direi que aquela, assim com maiúscula, é de facto um encanto e um baluarte, mas a que o Jorge Morais critica é uma família, e dessa há muitas, com letra minúscula. Uma bem triste é a "famiglia" siciliana. Familias conheço bem duas: a minha ( que é o mesmo que dizer a de cada um de nós) e outra, mais alargada, onde moram pessoas que não vivem debaixo do mesmo tecto. Nesta última "nunca" caberá Salazar. Em jeito sumarizante direi que nunca me serviria do que ele apregoou para nada, mesmo que para fazer uma crítica pertinente ao governo socialista de hoje. E, se bem me lembro, já há tempos li que..."afinal o Salazar tinha razão". E agora...deu uma "lição". Discordância e, mais que isso, oposição total e franca da minha parte.

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