quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Fabricantes de populismos


Já lá vai o tempo em que gradas figuras do País, alcandoradas à fama pelas vias da política, finança, meio artístico ou desporto, em especial o futebol, se sentiam inimputáveis, julgando-se a salvo de qualquer revés judicial, por fraqueza de quem deve investigar e de quem deve aplicar a lei. O papel de certa comunicação social (em minúsculas), embora reprovável à luz de certos princípios, acaba, às vezes, por destapar cestos onde se esconde muita fruta podre, quase sempre com aspecto luzidio e apetitoso. Poder-se-ia pensar que, quanto mais não fosse, por receio de serem desmascarados, estes trafulhas se comediriam um pouco e, para beneficiar da posição alcançada, freassem a concupiscência que lhes vai nas entranhas, de modo a passarem despercebidos. O que levará esta gente a pensar que, como de costume, passará incólume e impoluta por entre os estilhaços das bombas que detona? Serão assim tão fortes os impulsos da ganância, da gula, da luxúria, da vaidade, que os fazem fechar os olhos, encolher os ombros e desafiar as sortes do destino? Uma coisa é certa, com muita falta de inteligência e de outros louváveis atributos, são eles os fabricantes dos populismos que grassam por esse mundo fora.

2 comentários:

  1. Pareceu-me que aquela "dondoca" até já programava na instituição uma dinastia!

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  2. Assim parecia e dizia aos quatro ventos nas ventas de quem ouvia e ouviu.

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