sábado, 30 de dezembro de 2017

Justificação


Não faço segredo de que não proponho aos dois periódicos de que sou leitor a publicação das mesmas cartas-textos. Não tenho nada contra quem dissemina por diversos órgãos os mesmos textos, mas, imaginando-me na posição dos responsáveis dos jornais nessas circunstâncias, penso que me sentiria incomodado, como que traído, perante essa situação. Acontece que, hoje, fui surpreendido com a publicação pelo Expresso de uma carta minha que já tinha sido dada à estampa no Público de 26 de Dezembro. Para não ser apodado de incoerente, explico-me: diz-me a experiência que o Expresso, sendo um hebdomadário, nunca publica qualquer carta em edição subsequente àquela em que já tinha em seu poder os textos que antes lhe enviei. Pelo menos até hoje, sempre assim foi comigo, o que me leva a, nesses casos, me sentir desobrigado e poder dispor do texto como melhor entenda. Verificando que o texto que enviei ao Expresso em 21/12, não foi publicado na edição de 23/12, remeti-o ao Público em 23/12. E o mesmo acabou por ser publicado nos dois jornais. Acontece.

3 comentários:

  1. Não tinha dado por isso porque não tenho lido o EXPRESSO. Mas elogio-lhe o texto acima porque sabia-se (pelo menos eu sabia) dessa sua posição de não enviar um texto a mais que um jornal, simultaneamente. Atitude de que, pessoalmente, gosto, embora entenda que quem o faz tem todo o direito de o fazer. Já o disse num (ou mais) dos nossos encontros, num momento em que havia um forte movimento contra quem não nos publicava. Se houver outro encontro, o assunto for curial e eu estiver presente, poderei dizer das minhas razões. Que são todas de ordem conceptual. Mais uma vez os meus elogios.

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    1. Obrigado pelas suas palavras. E ainda bem que ficou claramente expresso no meu texto e no seu comentário que cada qual é livre de fazer como entender.

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  2. Como já foi dito, cada um é livre de enviar os escritos para onde bem entender; eu só o faço para o jornal que diariamente leio, que é o JN. Li o Expresso desde que foi criado até àquela cena rocambolesca do "brinde", que motivou uma crónica demolidora de João Carreira Bom, na Revista, onde era, para mim, o melhor de todos. Dessa crónica resultou o seu despedimento do jornal, e pouco depois morreu. Mas nunca enviei para lá qualqer escrito, fosse a que pretexto fosse. De qualquer forma, o meu conceito de ridículo impedir-me-ia de enviar o mesmo texto para vários jornais em simultâneo...

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