sábado, 2 de dezembro de 2017

Mário Centeno, presidente do Eurogrupo

Mário Centeno acumulará duas funções: a pasta das Finanças e a presidência do Eurogrupo  - órgão não eleito, nem escrutinado(!). É a desunião Europeia no seu pior! Centeno tem o apoio de Merkel e seguidores do PPE, que engloba partidos da (extrema) e da Direita. Será por acaso? Não! O ministro das Finanças implementou políticas, no que diz respeito à famigerada e sinistra troika, semelhantes à da politicamente malquista Maria Luís Albuquerque, cativando mil milhões de euros, apesar do défice alcançado ter sido inferior ao acordado com Bruxelas. Quis pagar antes do prazo fixado aos credores agiotas, em vez de responder a quem foi recortado e sugado no desgoverno anterior, ao SNS, à Educação Pública, à Cultura. Nas questões de fundo desta UE escangalhada, o Partido Socialista Europeu e o Partido Popular Europeu são quase iguais.
A Alemanha, a locomotiva da Europa, tem sete vezes mais peso que Portugal (7 vezes, porquê?)
e o nosso concidadão será o seu mero executor - na prática. O facto de ser português, não sejamos ingénuos politicamente, não conta para nosso benefício. (A terceira escolha para a anterior presidência da Comissão Europeia, recaiu no frouxo, Durão Barroso. O que é que Portugal ganhou? Duas mãos cheias de austeridade). O que conta é que estamos amarrados ao Tratado Orçamental também austeritário - por mais 20 anos!
Não podemos ser provincianos (com todo o respeito pela província) neste capitulo: Determinante nas politicas, são os conteúdos políticos/programáticos, não as pessoas.

                         Vítor Colaço Santos

1 comentário:

  1. Estou de acordo consigo Vítor em muito do que diz, de que é exemplo as cativações exageradas. Não estou, quando diz (acho que li bem), generalizando, que a acção do ministro (que é a do governo) é semelhante à da troika ( já agora, aumentada exponencialmente pelo anterior governo de moto próprio). Não o sentiu no bolso? Eu senti, aquando do tirar e do repor. Aliás, se assim não fosse, imaginaria o PCP a apoiar o governo PS? E quanto à ida do Centeno para a eventual presidência do Europrupo, acumulando com o cargo de ministro das Finanças, dou-lhe valia pois, ao contrário do Vítor, valorizo imenso os "conteúdos políticos/programáticos mas sei muito bem que... "as pessoas" emprestam sempre, bom ou mau, valor a qualquer cargo.

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