segunda-feira, 11 de dezembro de 2017
1 comentário:
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O seu poema é interessante, pelo que lembra. Há tempos perguntei ao ilustre Prof. Daniel Serrão, já falecido, como conseguia ele, sendo um cientista tão valioso, ser tão empenhado cristão católico com o relevo de ser conselheiro papal. A resposta veio algo inesperada pois, quando pensei que me ia dizer que fé é fé e até consegue conviver bem com a ciência ( mesmo quando o criacionismo determinista não bate certo com o Big Bang e as suas sucessivas evoluções ), respondeu-me que era "porque nasceu no Ocidente e neste país" ( mais ou menos). Achei estranho mas hoje percebo melhor pois, sendo eu o único na família, que não acredita em Deus, agrada-me muito ver a nossa "raquitica" e artificial árvore de Natal a brilhar mas... adoro ver o presépio a ocupar todo o espaço nobre da lareira e, mais ainda, o "gigantesco" e belo Menino Jesus, herdado da avó da minha mulher, ocupar quase todo esse espaço. Que chamarei a isto? Sem fé, só me ocorre outra palavra: Cultura, aquela onde nasci e cresci e dá envolvência a todos os contemporâneos, mesmo os que não acreditam.
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