quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

De como o velho se faz novo

Acabei de chegar de uma visita guiada ao edifício do Centro Português de Fotografia, antiga Cadeia e Tribunal da Relação do Porto, numa da iniciativas do núcleo do Porto da APRe! (Associação de Pensionistas e Reformados), e cuja máxima "glória" é ter sido o sítio onde esteve preso Camilo Castelo Branco quando se "tomou de amores" com Ana Plácido, que também chegou a estar lá detida.
Mas o que me traz aqui é quase um pormenor social que se se está a tornar um "pormaior" neste tempo de agora. Refiro-me a ter sabido que, no século XIX, já lá existiam aposentos reservados à efectivação da conjugalidade em total plenitude. Se bem que fossem reservados aos casados e não aos "companheiros" de hoje ( daí que o célebre escritor de Seide e a amante não os pudessem usufruir, pelo menos que se saiba...)), a existência do facto causou-me uma agradável surpresa. Mesmo sabendo que eram épocas liberais que o Estado Novo fez regredir, não posso deixar de salientar que só agora se prepara o regresso dessa prática civilizada. Ou, dito de outro modo, de como "o velho (e muito bem) se faz novo!

Fernando Cardoso Rodrigues

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