Não nos parece
crível que o líder máximo da Igreja Católica em Portugal tivesse feito tal
recomendação – a abstinência aos casais católicos recasados.
De facto, parece-nos
que tal aconselhamento foi mesmo feito, o que se afigura um verdadeiro absurdo.
Se temos um
Papa muito atento aos dias de hoje e aberto ao diálogo e à concórdia entre
todos os homens e de demais credos religiosos, o que o seu representante luso
alvitrou é diametralmente oposto ao que se vai pregando a todos os rebanhos do
Senhor.
Pelos vistos,
os ‘cristãos novos’ terão de invocar a fábula da Raposa e as Uvas, na versão de
Bocage, em que uma manhosa raposa que, não podendo chegar às convidativas uvas
pendentes de uma latada, assim disse: -Estão verdes! Não prestam! Só os cães as
podem tragar’.
José Amaral
Tenho a certeza que por incapacidade minha não entendi o seu texto. "Não nos parece crível" mas , logo depois, "de facto parece-nos que tal aconselhamento foi mesmo feito"?!?!
ResponderEliminarE depois, quem são os "cristãos novos"? E quem é a "raposa"? E as "uvas"? E qual o sentido da fábula que aduziu, nesta situação? Confesso que não "entrei" no que quis dizer, palavra de honra. Quer-me explicar, por favor?
Gosto (no bom sentido), do Senhor Fernando Cardoso Rodrigues, é uma pessoa bastante atenta a qualquer texto, como se diz,"está sempre em cima" aos temas. Era necessário um elemento destas qualidades de observação. Parabéns.
ResponderEliminarAmigo e perspicaz Fernando Rodrigues, vou tentar dizer-lhe o que não consegui escrever. 1 - não quis acreditar que fosse crível, mas foi; 2 - cristãos novos foi a pensar nos recasados; 3 - como é apetitoso, justo, natural e saudável o sexo que se quer interditar, parece-me ser como fez a manhosa raposa/raposão, como as apetitosas uvas não estavam ao seu alcance, logo delas desdenhou. Logo, o casal recasado têm de pensar que não está ao seu alcance o sexo.
ResponderEliminarFoi, de facto, o modo encontrado para escrever o que por mim foi escrito.
E por agora termino, porque não consigo explicar melhor.
Confesso que continuo "baralhado" mas deixe lá, sou eu que estou "lerdinho da cabeça". De qualquer modo,obrigado.
EliminarAo Dr Fernando Rodrigues escapou-lhe que os poetas, como o senhor Amaral, se socorrem de linguagem metafórica, mesmo quando escrevem prosa...
ResponderEliminarO que eu não entendi foi qual o significado da(s) metáfora(s). Explicito: porquê "cristãos novos" se os recasados não são convertidos? Eles já eram cristãos há muito, só querem continuar. E serem "raposões", quem desdenham desejando? As "uvas" são o sexo? Mas se eles podem tê-lo, se o quiserem (não está ao seu alcance?)! Tem então razão o cardeal no que disse? Não me parece que fosse essa a intenção do José Amaral, mesmo metaforicamente.
EliminarAs minhas desculpas ao JA por ter voltado mas a "culpa" foi do Amândio Martins...
Amigos, estas coisas do sexo têm muito que se diga. E como agora está na moda divulgar-se o que foi o seu assédio sexual, já não sei em que tudo vai dar. Portanto, encerrando o assunto, envio um abraço para ambos e demais que isto leram.
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