quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018


Carlos Carvalhas


Há muito que não lia nada deste senhor, que escreveu agora na “Praça da Liberdade”, do JN, uma resposta ao “honorável” deputado Nuno Melo -  que lhe comentou uma crónica na TSF - de que transcrevo alguns parágrafos...

“O “honorável” deputado concede que o emprego e a habitação têm importância na demografia, mas nega que no nosso país as desigualdades entre os rendimentos do capital e do trabalho sejam um factor limitador da natalidade.

Mas então a saída dos jovens em idade fértil não se deve às dificuldades e perspectivas de futuro? E isto nada tem a ver com a concentração de riqueza? O adiamento em ter filhos e em planear um segundo filho não tem a ver com as condições de rendimento dos casais jovens?

Nuno Melo fica com os cabelos em pé quando se fala em melhor distribuição do rendimento nacional e sobretudo nos aumentos de rendimento do capital. Só faltou a Nuno Melo, em seu abono, citar a tese do seu ex-colega de bancada, João Morgado, para quem só devia haver acto sexual para procriar! Sem preservativo, talvez a natalidade aumentasse; por isso, na sinecura do Parlamento Eutropeu, sugiro-lhe que releia os versos de Natália Correia”.

“Já que o coito – diz o Morgado – tem como fim cristalino,
preciso e imaculado, fazer menina ou menino;
e cada vez que o varão sexual petisco manduca,
temos na procriação prova de que houve truca-truca.
Sendo pai só de um rebento,
lógica é a conclusão de que o viril instrumento só usou - parca ração! - uma vez.
E se a função faz o órgão - diz o ditado - consumada essa excepção,
ficou capado o Morgado”.


Amândio G. Martins

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