domingo, 4 de fevereiro de 2018

CGD: Ainda temos de lhes pagar por se servirem do nosso dinheiro

Os bancos, só no 1º semestre de 2017, cobraram-nos mil milhões de euros!
   A Caixa Geral de Depósitos lucrou em 2017, 52 milhões de euros, também à custa da cobrança de comissões de manutenção, sem quaisquer serviços prestados. Ainda temos de lhes pagar, por se servirem do nosso dinheiro, ganhando milhões, a bel-prazer. Pagámos a recapitalização da CGD e ainda somos onerados, pagando comissões! Agora, cobrará por cada levantamento através da caderneta. Isto é extorsão e um absoluto escândalo para pensionistas/reformados que sobrevivem com montantes de miséria! Estas actualizações, a 3º no último ano, para os velhos é desumanidade! O presidente da República, a propósito, disse que a recuperação do banco «exige sacrifício dos contribuintes»(!). Mais valia ficar calado. Lamentável. A CGD deve é recuperar os milhares de milhões de euros ao La Seda, grupo Vale do Lobo, Pescanova, etc. Em 2017 foram arrecadados, em comissões, 16 milhões de euros. «A Caixa cobra comissões abaixo dos [bancos] privados», disse o seu presidente. Urge recordar-lhe que a CGD é um banco público e era o que faltava ter uma prática igual à banca privada. A credível Associação Portuguesa de Consumidores (DECO), já recolheu 17 mil assinaturas numa petição, visando exigir o fim das comissões quando não se prestam quaisquer serviços bancários.
   Paulo Macedo, presidente da CGD, é um exemplo de destruição de serviço público. Foi repressivo na chefia das Finanças e um contabilista medíocre quando teve a pasta ministerial da Saúde. O encerramento discricionário de várias agências  da CGD, a pressão sobre os trabalhadores para cumprirem objectivos e o despedimento de centenas, já tem a sua (miserável) marca. A todas estas malfeitorias, o Estado (leia-se Governo), como acionista principal da CGD, não pode ficar impassível, como inaceitavelmente tem feito.

                 Vítor Colaço Santos

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