domingo, 11 de março de 2018


Quem se desculpa culpa-se...


Com o título “Igualdade ou cultura de desresponsabilização?” uma mulher de negócios, de sua graça Cristina Fonseca, escreve no “Dinheiro Vivo” um texto muito pertinente, de que transcrevo alguns parágrafos. Depois de deixar claro que a luta pela igualdade de direitos é muito importante, a senhora diz:

“Infelizmente, em alguns casos, confundimos situações graves com situações menores em que nos desculpamos de responsabilidades individuais, associando-nos a campanhas que “estão na moda” pelas piores razões.

Se não fiquei com determinado trabalho, será apenas e só porque sou mulher, ou porque me faltam competências; se me discriminaram em determinada situação, devo atribuir isso a algo que preciso mudar ou à minha orientação sexual; se não fui promovida e o cargo foi dado a um colega, este é um caso de discriminação? Depende; situações deste género requerem análise, diálogo e reflexão.


Com todos os benefícios e direitos de nos expressarmos livremente, não estaremos nós, em certas situações, a criar uma cultura de desresponsabilização ao atribuírmos causas a outros, quando a responsabilidade é nossa? (...) Lutar para mudar situações que estão mal é crucial, mas não podemos confundir as coisas porque, quando o fazemos para proveito próprio, estamos a descredibilizar os casos graves e reais”.


Amândio G. Martins





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