sábado, 26 de maio de 2018

Eutanásia


Em tempos de debate e esclarecimento, peço encarecidamente que me expliquem, a mim e, já agora, ao Dr. Cavaco Silva, que a despenalização da eutanásia, a acontecer, não obrigará ninguém a praticá-la. E mais, que ela só será praticada dentro das mais eficazes normas de segurança e de certeza, no respeito dos mais elevados valores éticos. Talvez com essas explicações se afastem os medos dos que são contra, provavelmente receosos de que lhes tirem a vida pelas costas e por má-fé. Vida essa que, argumentam, “só a Deus pertence”. Portanto, vá de submeter aos seus princípios tudo e todos, mesmo aqueles que não “sentem” Deus, por se crerem ateus. Não parece mesmo que estamos perante a inquisitorial sanha autoritária de submeter os outros às nossas convicções? Expliquem-nos que só estamos a falar de liberdade, não de obrigatoriedade. Ressalva: não preciso dos esclarecimentos acima; já o ex-Presidente da República, não sei.

Público - 29.05.2018

2 comentários:

  1. Sobre o assunto, já muito pensei e, inclusivé, tive intervenção activa e pública. Em vários debates e até fazendo parte duma mesa promovida pelo CNCEV. Expurgada que foi, dos projectos de lei, a criança, sou claramente a for da despenalização. Obviamente que com todos os cuidados descritos pelo José, mas dizê-lo é já uma redundância. Fica o assunto "menor" de Cavaco Silva. "Menor" porque ele é "menor", embora pense que não o é. Aquela sua "ameaça" de se desfiliar do PSD se a lei for avante, é patética! Olhe Sr. Professor, a liberdade de voto no "seu" Partido, sabendo nós que Rui Rio é pela despenalização, talvez pudesse ser ( se não houvesse outros assuntos de discordância política) uma razão importante para eu votar no PSD... É que, com a esta atitude, mostrou-me que é um homem Maior naquilo que melhor define um ser humano cidadão! Ao contrário de si, senhor ex-presidente ou.melhor, ex- mau presidente e, ainda, péssimo ex-presidente...

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  2. Essas figuras do que há no país de mais rançoso estão sempre do lado errado do interesse geral. Já tinha sido assim no referendo da regionalização, em que não hesitaram em manter o país no lado errado no conjunto dos países europeus; foi assim na despenalização da interrupção da gravidez, não se importando que milhares de mulheres recorressem às parteiras clandestinas, com risco de vida e de nunca mais poderem ter filhos, enfim, é sempre assim quando se pretendem avanços naq melhoria de vida das gentes...

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